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Avaliação de funções de pedotranferência para estimar curvas de retenção de água do solo na região amazônica

O conhecimento da curva de retenção de água (CRA) é essencial para compreender e modelar os processos hidráulicos no solo. No entanto, a determinação direta do CRA consome tempo, e o custo é alto. Além disso, é necessário grande número de amostras, em razão da elevada variabilidade espacial e temporal das propriedades hidráulicas do solo. Uma alternativa é o uso de modelos, que são chamados de funções de pedotransferência (FPT), que estimam a CRA por meio de propriedades do solo de fácil determinação. O objetivo deste estudo foi testar a acurácia de 16 FPT, pontuais ou paramétricas, existentes na literatura, em diferentes solos do sul e sudeste do Estado do Pará, Brasil. As FPT testadas foram propostas por Pidgeon (1972), Lal (1979), Aina & Periaswamy (1985), Arruda et al. (1987), Dijkerman (1988), Vereecken et al. (1989), Batjes (1996), van den Berg et al. (1997), Tomasella et al. (2000), Hodnett & Tomasella (2002), Oliveira et al. (2002) e Barros (2010). Utilizou-se um banco de dados contendo textura (areia, silte e argila), densidade do solo, carbono orgânico, pH do solo, capacidade de troca catiônica e CRA. A maioria das FPT testadas não demonstrou boa acurácia para estimar as CRA. As FPT paramétricas apresentaram melhor desempenho do que as FPT pontuais em estimar a CRA dos solos na região. Entre as FPT paramétricas, as propostas por Tomasella et al. (2000) obtiveram melhor acurácia em estimar os parâmetros empíricos do modelo de van Genuchten (1980), principalmente, quando testadas na primeira camada do solo.

FPT paramétricas; FPT pontuais; física do solo; água no solo


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