Os solos das planícies costeiras do Rio Grande do Sul estão sujeitos à salinização, o que pode prejudicar o estabelecimento e o desenvolvimento das culturas em geral, inclusive do arroz. A aplicação de altas doses de KCl pode agravar os danos às lavouras, devido ao elevado índice salino desse fertilizante. Este trabalho teve como objetivos avaliar o efeito do manejo do fertilizante potássico sobre alguns atributos de planta de arroz irrigado, cultivado em solos com diferentes níveis de sodicidade, e verificar qual dos atributos melhor se relaciona com o rendimento de grãos. O estudo foi realizado a campo, em Planossolos Háplicos com percentagens de Na trocável de 5,6, 9, 21 e 32 %. O manejo do fertilizante, na forma de KCl, consistiu da aplicação de 90 kg ha-1 de K2O a lanço; 90 kg ha-1 de K2O na linha de semeadura; e 45 kg ha-1 de K2O na linha de semeadura + 45 kg ha-1 de K2O na diferenciação do primórdio floral (DPF). Foram avaliados o estande, a evolução da massa seca da parte aérea, a estatura de planta, o índice SPAD, a massa de perfilhos, a massa de mil grãos, o comprimento de panículas e o rendimento de grãos. O estande de plantas foi prejudicado pela aplicação do fertilizante potássico na linha de semeadura, principalmente na dose integral (90 kg ha-1), em três níveis de sodicidade do solo, resultando em prejuízo no acúmulo de biomassa em fases posteriores, comprometendo assim o rendimento da cultura até mesmo no menor nível de sodicidade do solo: 5,6 %. Todos os atributos avaliados correlacionaram-se com a produtividade de grãos; a maior correlação positiva foi verificada com o estande de plantas e a massa da parte aérea seca no florescimento pleno, e a negativa, com o comprimento de panículas.
sódio; potássio; Oryza sativa L.; estande; esterilidade de espiguetas; rendimento de grãos
