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Absorção de N15 de fertilizantes e esterco por três cultivos sucessivos em condições controladas

No mundo existem várias regiões em que as fontes de N e as análises de solo não são levadas em consideração para determinar as necessidades desse elemento, o que resulta em aplicações excessivas, especialmente quando se utiliza esterco. Uma dessas regiões é a Centro-Norte do México, chamada de "La Comarca Lagunera", uma das maiores áreas produtoras de leite do país. Um experimento em casa de vegetação foi realizado com fertilizante e esterco marcados com o isótopo N15 para monitorar a ciclagem e a recuperação do N quando grandes quantidades são aplicadas. O tratamento N15-esterco foi aplicado somente uma vez e incorporado no solo previamente à plantação da primeira pastagem, com as seguintes doses: 30, 60 e 120 Mg ha-1 de matéria seca. O tratamento N15-fertilizante consistiu na aplicação de 120 e 240 kg (NH4)2SO4 ha-1 em cada cultivo. O total de N-fertilizante para cada tratamento foi de 360 e 720 kg ha-1 de N. A quantidade de N-esterco recuperado foi de 9 %, muito menor que a quantidade de N recuperado do fertilizante, que variou entre 22 e 25 %. A quantidade de N-esterco recuperado nas raízes e em profundidade no solo variou entre 82 e 88 %. A reduzida quantidade de N recuperado no solo nas formas de nitrato (NO3-N) e amônio (NH4-N) após a terceira colheita indica que a maior parte do 15N recuperado estava na forma orgânica. As perdas de N-esterco variaram entre 3 e 11 %, sendo bem menores que as do N-fertilizante (34-39 %). Este estudo mostra que as aplicações excessivas de esterco e fertilizantes, rotineiramente empregadas na região, não aumentam a taxa de absorção de N pela biomassa aérea das culturas, mas incrementam as perdas de N no ambiente.

denitrificação; eficiência de uso do nitrogênio; raygrass anual; salinidade; sudangrass


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