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Absorção e redistribuição do manganês em soja tratada com glifosate

Efeitos negativos do glifosate na nutrição mineral da soja têm sido relatados, particularmente na absorção e redistribuição do Mn, mas a maioria dos experimentos da literatura foi conduzida utilizando-se plantas não resistentes ao herbicida. Os efeitos do glifosate na cinética de absorção, acumulação e distribuição do Mn em soja foram estudados em três experimentos. No primeiro, em solução nutritiva, os parâmetros de absorção de Mn (Imax, Km e Cmin) foram determinados em função da aplicação de glifosate. Em um segundo experimento, a absorção e a distribuição diferencial do Mn na soja foram determinadas, em solução nutritiva, em função da aplicação de glifosate, empregando-se uma variedade convencional e sua quase-isogênica resistente ao herbicida (RR). No terceiro experimento, foi estudada a resposta de variedades de soja resistentes ao glifosate ao Mn aplicado na presença e ausência do herbicida, em vasos com solo deficiente em Mn. O influxo máximo (Imax) foi maior na variedade RR que na convencional. O herbicida aplicado à solução nutritiva em baixas doses diminuiu o Km e o Cmin. Alguns dias após a aplicação do glifosate, a soja desenvolveu amarelecimento nas folhas, um sintoma que, no campo, poderia ser interpretado como deficiência de Mn, porém no tratamento com herbicida não houve efeito na absorção ou distribuição desse elemento na planta. No experimento com solo, a absorção de Mn pela soja foi aumentada com a aplicação de Mn, sem efeito do herbicida. Em condições controladas, não foram encontradas evidências de efeitos negativos do glifosate na absorção, acumulação, distribuição do Mn na soja e na resposta da planta a esse elemento.

cinética de absorção; micronutriente; nutrição mineral


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