A utilização inadequada das terras tem ocasionado deterioração e esgotamento dos recursos naturais existentes, além da queda significativa da produção agrícola, em razão da piora da qualidade do solo. A remoção da vegetação natural para dar lugar a cultivos agrícolas muitas vezes manejados de forma inadequada resulta na desestruturação do solo, diminuição da disponibilidade de nutrientes e decomposição da matéria orgânica do solo, inviabilizando a sustentabilidade da produção agrícola. Assim, este estudo teve por objetivo avaliar o impacto do cultivo de mangueira irrigada (20 anos de idade) no estoque de carbono orgânico (CO) e nas frações da matéria orgânica do solo (MOS), em relação à caatinga nativa na região do Vale do Submédio São Francisco. O estudo foi realizado na Fazenda Boa Esperança localizada em Petrolina, PE. Nas áreas sob mangueira irrigada e caatinga nativa, foram coletadas amostras de solo nas camadas de 0-10 e 10-20 cm. Após a coleta e o preparo das amostras de solo, foram determinados os estoques de CO, C das substâncias húmicas (fração ácidos fúlvicos, ácidos húmicos e humina) e frações leve e pesada da MOS. O cultivo de mangueira irrigada promoveu maiores estoques de CO, C das frações ácidos fúlvicos, ácidos húmicos e humina, C da fração pesada e matéria orgânica leve, quando comparado à caatinga nativa, principalmente na camada mais superficial do solo.
Mangifera indica; carbono orgânico; substâncias húmicas; fração pesada; semiárido