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Argila dispersa em água em solos tratados com lodo de esgoto

As Estações de Tratamento de Esgoto Sanitário (ETES) geram um subproduto (lodo de esgoto) que, quando tratado e processado, adquire características que permitem sua utilização agrícola de maneira racional e ambientalmente segura. Este trabalho objetivou avaliar a influência de diferentes doses de lodo de esgoto caleado (50 %) na dispersão de argilas em amostras de solos com diferentes texturas (muito argilosa e média). O estudo foi realizado com amostras de solos coletadas sob mata nativa, em Latossolo Vermelho distroférrico, textura muito argilosa, em Londrina (PR), e Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico, textura media, em Jaguapitã (PR). Os vasos foram preenchidos com 3 kg de TFSA em casa de vegetação, em um delineamento de blocos ao acaso, com seis tratamentos - T1: controle; e os tratamentos com lodo de esgoto caleado (50%): T2 (3 t ha-1); T3 (6 t ha-1); T4 (12 t ha-1); T5 (24 t ha-1) e T6 (48 t ha-1), com cinco repetições. O tempo de incubação foi de 180 dias; após esse período, os vasos foram abertos e coletaram-se duas subamostras por tratamento, para determinar: pH-H2O, pH-KCl (1 mol L-1), teor de matéria orgânica, argila dispersa em água, ΔpH (pH-KCl - pH-H2O) e o PCZ estimado: PCZ = 2 pH-KCl - pH-H2O, além da mineralogia da fração argila por difração de raios X. Os resultados permitiram concluir que não houve diferença significativa quanto aos teores médios de argila dispersa em água entre o controle e os outros tratamentos estudados para as duas amostras de solo; ΔpH foi a variável que melhor se correlacionou com a argila dispersa em água nos dois solos.

biossólidos; floculação; PCZ; ΔpH; matéria orgânica


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