A integração lavoura-pecuária representa uma alternativa interessante de manejo dos solos principalmente nas regiões com ocorrência de clima que impõe dificuldades na formação de massa seca para cobertura do solo em plantio direto. O objetivo deste trabalho foi avaliar atributos físicos e químicos do solo, partindo da hipótese de que a integração lavoura-pecuária, quando bem manejada, melhora a qualidade do solo e proporciona maior estabilidade ao sistema. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com cinco repetições. Os tratamentos foram constituídos por um fatorial 6 x 4, sendo cinco sistemas de rotação de culturas em integração lavoura-pecuária e a mata nativa utilizada como referência do solo antes das alterações promovidas pelo uso agrícola; e quatro profundidades (0,0-0,05, 0,05-0,10, 0,10-0,15 e 0,15-0,20 m). Os sistemas de rotação de culturas em integração lavoura-pecuária promoveram alterações nos atributos físicos e químicos do solo; os efeitos dos diferentes sistemas manifestaram-se, sobretudo, na camada mais superficial do solo. Os sistemas de rotações descritos permitem manter teores de carbono no solo iguais aos encontrados no ambiente de mata original, comprovando assim a eficiência do sistema de integração lavoura-pecuária com relação à conservação do solo. Esses sistemas influenciam positivamente a estabilidade do ambiente, sendo a matéria orgânica associada à fração mineral o indicador de qualidade do solo mais bem relacionado com a estabilidade de agregados.
rotação de culturas; sistema plantio direto; qualidade do solo; carbono do solo; estabilidade de agregados
