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Um modelo evolucionário setorial

Este artigo apresenta um modelo evolucionário setorial de simulação que combina microfundamentos neo-schumpeterianos e pós-keynesianos e expõe alguns resultados preliminares das primeiras simulações. Estes resultados apontam, quanto a distintas condições do ambiente de mercado: o efeito positivo da taxa de crescimento da produtividade na fronteira tecnológica sobre a concentração de mercado; o efeito ambíguo do aprendizado, capaz de produzir um lock-in de firmas inovadoras pioneiras em tecnologias que se tornam eventualmente obsoletas; o efeito "anti-seletivo" de taxas de juros muito elevadas, endividando e prejudicando o esforço de investimento e o sucesso competitivo das inovadoras em benefício das imitadoras. Quanto à simulação das estratégias de preços, constatou-se: a maior seletividade de estratégias em que as firmas inovadoras dão mais peso ao mark-up desejado, gerando maior concentração de mercado, efeito que é atenuado pelo crescimento da demanda e pelo aprendizado; a importância, para a sobrevivência de empresas menos inovadoras, do feedback do desempenho competitivo sobre o mark-up desejado e o efetivo, aumentando a adaptabilidade das empresas às condições de seleção do mercado.

modelo evolucionário de simulação; dinâmica industrial


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