Esterco bovino e substâncias húmicas estimulam a morfofisiologia e a nutrição em pimentão

RESUMO

As espécies do gênero Capsicum, principalmente pimentão, possuem grande relevância econômica e são amplamente consumidas em todo o mundo. A aplicação de dejetos animais como fertilizante orgânico é uma técnica simples e barata de distribuição de nutrientes ao solo. O esterco bovino em associação com substâncias húmicas pode estimular o metabolismo das plantas, resultando no aumento da absorção e assimilação de nutrientes. Portanto, o objetivo neste estudo foi avaliar doses de esterco bovino associado a substâncias húmicas para estimular o metabolismo vegetal, a morfofisiologia e a nutrição em pimentões. O delineamento utilizado foi em blocos casualizados, distribuídos em arranjo fatorial 4 x 3, referente a quatro doses de esterco bovino (8, 18, 28 e 38 t ha^-1) e três doses de substâncias húmicas (0, 8 e 12 kg ha^-1), com quatro repetições. Substâncias húmicas (12 kg ha^-1) estimularam as trocas gasosas, aumentando a fotossíntese líquida (34,2%), a condutância estomática (12,7%), a eficiência instantânea do uso da água (15,87%), a eficiência instantânea de carboxilação (37,37%) e a eficiência efetiva da absorção conversão de energia (23,53%). O esterco bovino supriu adequadamente as necessidades nutricionais da cultura, enquanto as substâncias húmicas aumentaram o número e a espessura dos pelos radiculares do pimentão. A combinação de manejo mais eficaz para aumentar a atividade fotossintética em pimentões é 38 t ha^-1 de esterco combinado com 8 kg ha^-1 de substâncias húmicas. As substâncias húmicas estimularam respostas morfofisiológicas positivas no cultivo de pimentão orgânico, o que resultou no aumento da produção.

Palavras-chave:
Capsicum annuum ; bioestimulante; insumo orgânico; adubação