RESUMO
Efluentes salinos da piscicultura em atividades agrícolas vem crescendo, sobretudo nas regiões semiáridas. Neste sentido, objetivou-se avaliar o efluente salino de piscicultura na irrigação de Croton blanchetianus verificando as respostas fisiológicas e bioquímicas. Após o estabelecimento das plantas oriundas de estacas, iniciou-se a irrigação com o efluente, diferenciando-se os tratamentos por quatro níveis de salinidade (controle, 1,5, 2,5 e 3,5 dS m-1). O tratamento controle foi representado pela água de abastecimento (0,56 dS m-1). As variáveis avaliadas foram: crescimento, teor relativo de água, biomassa seca, níveis de proteínas, prolina, peróxido de hidrogênio, malondialdeído e os pigmentos fotossintéticos. Os ajustes fisiológicos e bioquímicos garantiram a manutenção do teor relativo de água e ajuste osmótico em meio à condição salina, sem incremento da peroxidação lipídica. Os níveis de salinidade não afetaram C. blanchetianus, indicando que não houve estresse salino, pois, os efluentes da piscicultura são ricos em matéria orgânica, proveniente da alimentação e excrementos, beneficiado o desenvolvimento da espécie. O reuso do efluente salino de piscicultura na irrigação de C. blanchetianus pode ser uma alternativa ambiental viável, evitando-se o descarte diretamente no ambiente.
Palavras-chave:
reuso de água; marmeleiro; desenvolvimento sustentável