Trocas gasosas e crescimento da cultura da abobrinha submetida aos estresses salino e hídrico

RESUMO

A região semiárida apresenta o problema inerente de acúmulo de sais no solo devido ao uso de irrigação com água salobra, e o déficit hídrico que compromete o crescimento e os índices fisiológicos das culturas. Objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito do estresse salino e hídrico no crescimento e nas trocas gasosas da cultura da abobrinha cv. Caserta. O trabalho foi realizado em área pertencente à Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Redenção, Ceará, Brasil. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 5 × 2 com cinco níveis de condutividade elétrica da água de irrigação - CEa (0,5, 1,0, 1,5, 2,0 e 2,5 dS m^-1), e dois regimes hídricos (50 e 100% da evapotranspiração potencial da cultura - ETc) com cinco repetições. Aos 36 dias após a semeadura foram avaliadas as variaveis:taxa de assimilação de CO₂, transpiração, condutância estomática, concentração interna de carbono, temperatura foliar, índice relativo de clorofila e a eficiência do uso da água. Aos 45 dias após a semeadura, foram avaliadas as seguintes variáveis: altura da planta, diâmetro do caule, número de folhas e área foliar. O uso de água salobra (1 a 2,5 dS m^-1) reduz os parâmetros de crescimento da abobrinha cv. Caserta. O aumento da CEa ocasionou redução nas variáveis fisiológicas. A lâmina de 100% proporcionou maiores valores para as variáveis taxa de assimilação de CO₂, transpiração, e eficiência instantânea no uso da água, e a lâmina de 50% para concentração interna de carbono, com o aumento da CEa.

Palavras-chave:
Cucurbita pepo L.; déficit hídrico; salinidade; estresse combinado