Os efeitos da salinidade sobre o crescimento e acumulação de solutos inorgânicos foram avaliados em plantas de cajueiro (Anacardium occidentale L.), com 30 dias de idade, cultivadas em diferentes doses de NaCl, por 8 dias (curta duração) e 40 dias (longa duração). A produção de massa fresca (MF) da parte aérea, após 40 dias, foi reduzida, aproximadamente, 25 e 75% sob 50 e 100 mol m-3 de NaCl, respectivamente. Nas raízes, a produção de MF não foi afetada em 50 mol m-3 de NaCl, entretanto decresceu 30% em 100 mol m-3 de NaCl. No experimento de curta duração, a concentração de K+ nos diferentes tecidos foi similar àquela das plantas controle, enquanto que, no experimento de longa duração, a concentração de K+ foi fortemente reduzida, principalmente nas raízes. Em resposta ao tempo e a salinidade crescente, as concentrações de Na+ e Cl- atingiram níveis tóxicos nas folhas o que levou, a partir do quarto dia do estresse salino, ao surgimento de sintomas típicos de toxicidade por estes íons. Em conseqüência, as plantas de cajueiro não foram hábeis em regular suas funções metabólicas e fisiológicas nessas condições adversas de crescimento.
Anacardium occidentale; estresse salino; toxicidade iônica; potássio; sódio; cloreto
