RESUMO
Este trabalho contesta a ideia de pesquisa como mero procedimento de verificação direta ou teste de uma hipótese ou teoria. Aborda o pós-estruturalismo como potencial produtivo na realização de pesquisas empíricas em ciências sociais e em educação, evidenciando contribuições das abordagens e dos referenciais analíticos pós-estruturalistas para tais pesquisas. Considera a teoria do discurso de Laclau e Mouffe na compreensão de políticas de currículo, entendendo que as escolhas metodológicas baseiam-se em propostas discursivas que devem ser reconhecidas e postas em jogo no processo de pesquisa. Além disso, destaca categorias teóricas, tais como discurso, sujeito, demandas e hegemonia, defendendo a ideia de currículo como prática discursiva, cultural, de poder e de significação. Por fim, compreende identificações políticas como cortes antagônicos e também como um fechamento provisório de significantes que se constituem como um texto, fruto de debates, da impossibilidade de pensamentos.
PALAVRAS-CHAVE:
pós-estruturalismo; teoria do discurso; pesquisas em ciências sociais e em educação; políticas de currículo