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O Estatuto Linguístico da Língua Brasileira de Sinais e a Superação do Estigma na Educação de Surdos2 2 Estudo realizado a partir de pesquisas financiadas pelo Programa Cientistas do Nosso Estado, da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), pela Fundação Centro de Ciências do Estado do Rio de Janeiro (CECIERJ) e pelo Programa PROCIENCIA da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

RESUMO

Este estudo tem por objetivo analisar o estatuto linguístico da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e as restrições que lhe têm sido impostas em virtude da sobreposição de valores oriundos de representações sociais e acadêmicas referentes à palavra. Defende-se aqui que apenas parcialmente se obteve êxito na determinação do estatuto linguístico da LIBRAS, pois, em que pese seu reconhecimento como língua natural, ainda persiste uma leitura de sua estrutura e de seu funcionamento baseada em pressupostos pertencentes ao domínio da palavra. Em consequência disso, tende-se a reforçar o estigma social do sujeito surdo, particularmente no contexto da educação escolar, por meio do que se caracterizará como espetáculo da superação. Trata-se de uma abordagem teórica que busca refletir sobre a real situação da LIBRAS no desenvolvimento da educação escolar do indivíduo surdo, a partir de quatro pontos de vista que se intercomplementam, nos campos da filosofia, da linguística e da psicologia social. Com essa análise, a título de conclusão, focaliza-se a questão da educação escolar do surdo e o papel que nela pode exercer o desenvolvimento de um estatuto linguístico pleno para a LIBRAS.

PALAVRAS-CHAVE:
LIBRAS - Língua Brasileira de Sinas; Estigma; Educação de surdos

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