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TECNOLOGIAS MÓVEIS NA INCLUSÃO ESCOLAR E DIGITAL DE ESTUDANTES COM TRANSTORNOS DE ESPECTRO AUTISTA1 1 Os resultados da investigação apresentada neste artigo configuram-se como um recorte da pesquisa "Estudo sobre o Processo de" Mediação entre Pessoas com Deficiência em Comunidades de Inclusão Digital (Etapa II - 2013-2016), aprovada pelo Comitê de Ética da Plataforma Brasil (CAAE 17827613.2.0000.5347), sob a coordenação da Dra. Lucila Maria Costi Santarosa e desenvolvida pela equipe de pesquisadores do Núcleo de Informática na Educação Especial, da UFRGS.

MOBILE TECHNOLOGIES IN EDUCATION AND DIGITAL INCLUSION OF STUDENTS WITH AUTISM SPECTRUM DISORDERS

RESUMO

Com foco nas políticas públicas inclusivas, a relação entre estudantes com Transtorno de Espectro Autista e dispositivos móveis foi problematizada para discutir os limites e as possibilidades da configuração tecnológica 1:1 em apoiar processos de inclusão escolar e digital na rede pública brasileira de ensino. Metodologicamente, caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa de enfoque exploratório e explicativo, epistemologicamente apoiada na teoria sócio-histórica e conduzida por dois grandes questionamentos: (i) Os dispositivos móveis apresentam interface acessível a sujeitos com Transtornos de Espectro Autista? (ii) Que movimentos foram desencadeados pela mediação dos dispositivos móveis para potencializar a inclusão sociodigital de sujeitos com Transtornos de Espectro Autista? A partir dos dados coletados foi possível analisar as fragilidades e as potencialidades da interação de três sujeitos de pesquisas, estudantes dos anos iniciais da Educação Básica em processo de alfabetização, pela interface da tecnologia móvel. O comportamento refratário dos sujeitos de pesquisa em relação ao laptop educacional pode ser justificado pelos problemas de acessibilidade tecnológica associada ao dispositivo móvel, muitos deles potencializados pelas especificidades do Transtorno de Espectro Autista: interface pouco amigável, de difícil compreensão pelo grau de abstração e pela complexidade do sistema operacional, com suas múltiplas escolhas e configurações. Na interação com o tablet foi possível constatar um manuseio amigável e intuitivo, pois a manipulação com o objeto ocorre de forma direta e natural, com o toque do dedo. A arquitetura dessa tecnologia permite seu uso em diferentes lugares e posições, uma resposta positiva à hiperatividade e para qualificar estratégias de mediação pedagógica.

PALAVRAS-CHAVE:
Educação Especial; Empoderamento; Política de inclusão social; Informática e educação; Autismo

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