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Biologia floral de Stachytarpheta maximiliani Scham. (Verbenaceae) e seus visitantes florais

Este estudo descreve alguns aspectos do sistema reprodutivo de Stachytarpheta maximiliani (Verbenaceae), incluindo características da flor, disponibilidade de néctar e pólen e o padrão de forrageio dos insetos visitantes florais, em uma área de Floresta Atlântica, no sul do Brasil. Observações sobre sua biologia floral indicam que esta espécie tem um período de floração que se estende de setembro a maio, antese diurna (das 5:30h às 17:00h) e oferta de néctar e pólen praticamente durante todo o período de antese. Suas flores são visitadas por diferentes espécies de coleópteros, dípteros, hemípteros, himenópteros e lepidópteros, em busca de néctar e pólen, sendo que abelhas e lepidópteros são os mais freqüentes. Um complexo de características florais, em que se incluem flores de cor violeta-azulada, sem odor perceptível, corola infundibuliforme (longa e afilada), néctar não exposto, com alta concentração de açúcar (cerca de 32%), acumulado na porção inferior do tubo da corola, constitui um elemento selecionador de visitantes. Tais características se enquadram nas síndromes de melitofilia e psicofilia, sendo as abelhas Bombus morio, B. atratus, Trigonopedia ferruginea, Xylocopa brasilianorum e Apis mellifera e os lepidópteros Corticea mendica mendica, Corticea sp., Vehilius clavicula, Urbanus simplicius, U. teleus e Heraclides thoas brasiliensis seus mais importantes polinizadores.

Apoidea; ecologia floral; Lepidoptera; polinização


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