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Fatores relacionados à sonolência diurna excessiva em idosos da comunidade: um estudo exploratório

A Sonolência Diurna Excessiva (SDE) está relacionada a vários efeitos adversos na saúde de pessoas idosas, como a incapacidade funcional, que compromete as atividades do cotidiano e aumenta o risco de quedas. Poucos estudos têm explorado a SDE em idosos brasileiros que vivem na comunidade, que são tipicamente cuidados em serviços de atenção primária em saúde. Este estudo tem como objetivo investigar a prevalência da SDE e sua correlação com dados sociodemográficos, físicos e sobre a saúde mental de idosos que vivem na comunidade. Este é um estudo exploratório de base populacional, derivado da Rede de Estudos de Fragilidade de Idosos Brasileiros (FIBRA) com idosos com de 65 anos ou mais. Participantes com um escore ≥ 11 pontos na Escala de Sonolência de Epworth foram considerados como tendo SDE. Um questionário estruturado, multidimensional foi usado para investigar as variáveis sociodemográficas, físicas, saúde mental, e qualidade de vida. A amostra foi composta por 776 idosos, dos quais 21% (n = 162) apresentavam SDE. A análise de regressão múltipla revelou que a SDE está associada à obesidade (OR = 1.50; IC95% 1.02 - 2.20), incontinência urinária (OR = 1.53; IC95% 1.01 - 2.31), má qualidade de vida (OR = 1.54; IC95% 1.06 - 2.24) e sintomas depressivos (OR = 1.49; IC95% 1.00 - 2.20). Nossos resultados sugerem que profissionais da saúde devem identificar os idosos com SDE e implementar intervenções para minimizar o impacto negativo da coocorrência dessas condições com obesidade, depressão e incontinência urinária sobre a saúde e qualidade de vida.

Transtornos do sono; Saúde do idoso; Nível de saúde; Escala de Epworth; Estudos transversais; Estudo populacional


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