OBJETIVO:
Identificar a associação entre a não adesão ao tratamento da tuberculose e as características de acesso ao tratamento.
MÉTODOS:
Um estudo transversal foi realizado na Região Metropolitana de Buenos Aires, Argentina. Cento e vinte e três pacientes notificados em 2007 (38 aderentes e 85 não aderentes) foram entrevistados sobre o processo de cuidados de saúde e características sócio-demográficas. Fatores associados a não adesão foram avaliados através da análise de regressão logística.
RESULTADOS:
Foi encontrado um aumento do risco de não adesão ao tratamento em pacientes do sexo masculino (OR = 2,8, IC95% 1,2 – 6,7), pacientes que tiveram controles médicos em hospitais (OR = 3,4, IC95% 1,1 – 10,0) e aqueles que tiveram dificuldades com os custos de transporte (OR = 2.5, IC95% 1,1 – 5,9).
CONCLUSÃO:
O risco de não adesão aumenta como resultado de barreiras econômicas no acesso aos serviços de saúde. A descentralização do tratamento para os centros de atenção primária à saúde e medidas de proteção social para os pacientes devem ser considerados como prioridades para as estratégias de controle da doença, a fim de diminuir o impacto dessas barreiras na adesão ao tratamento.
Tuberculose; Adesão à medicação; Terapêutica; Fatores epidemiológicos; Argentina; Descentralização