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Poluição do ar e baixo peso ao nascer em uma cidade industrial no Sudeste do Brasil, 2003-2006

RESUMO:

Introdução:

O peso de nascimento é considerado como um indicador importante de várias condições que se manifestam mais cedo (como mortalidade fetal e neonatal e morbidade, inibição do crescimento e desenvolvimento cognitivo) e mais tarde na vida, tais como as doenças crônicas. A poluição atmosférica tem sido associada a efeitos adversos da gestação.

Objetivo:

Estudo de coorte histórica que associa o baixo peso ao nascer (BPN) e a exposição materna aos poluentes do ar em Volta Redonda, Rio de Janeiro, Brasil, entre 2003 e 2006.

Metodologia:

Dados sobre nascidos vivos foram obtidos no sistema de informação Brasileiro, e os de exposição (O3, PM10, temperatura e umidade) na rede pública de monitoramento do ar. Foram utilizados modelos lineares e logísticos, ajustados por sexo, tipo de gravidez, assistência pré-natal, local de nascimento, idade materna, paridade, educação, anomalias congênitas e variáveis meteorológicas.

Resultados:

A prevalência de BPN foi de 9,1% sobre 13.660 nascimentos. Para o aumento de um interquartil no nível de PM10 (OR2 ºtrimestre = 1,06; IC95% 1,02 - 1,10; OR3 ºtrimestre = 1,06; IC95% 1,02 - 1,10) e no nível de O3 (OR2 ºtrimestre = 1,03; IC95% 1,01 - 1,04; OR3 ºtrimestre = 1,03; IC95% 1,02 - 1,04). Observou-se uma relação dose-resposta e uma redução do peso ao nascer de 31,11 g (95%IC -56,64 - -5,58) no terceiro trimestre da gravidez devido ao aumento de um interquartil de O3.

Conclusão:

Este estudo sugere que exposições ao PM10 e O3, mesmo abaixo de padrões de qualidade do ar, contribuem para os riscos de BPN.

Palavras-chave:
Poluição do ar; Peso ao nascer; Epidemiologia; Exposição materna; Ozônio; Material particulado; Dióxido de enxofre

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