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Evolução temporal da anemia em crianças de seis a 59 meses no estado de Pernambuco, Brasil, 1997 a 2016

RESUMO

Objetivo:

Analisar a evolução temporal da anemia em crianças de seis a 59 meses em Pernambuco, com base nos inquéritos populacionais de 1997, 2006 e 2016 e os fatores associados à situação em 2016.

Métodos:

Os estudos de campo ocorreram nos domicílios dos participantes, na Região Metropolitana do Recife, interior urbano e rural. No estudo de tendência da anemia em crianças, utilizaram-se dados da II (40,9%) e III PESNs (Pesquisa Estadual de Saúde e Nutrição) (32,8%). Os dados da IV PESN foram coletados por formulários com famílias para verificação das condições socioeconomicas e individuais, bem como registros antropométricos, peso e altura, e bioquímicos, hemoblobina. Para o estudo de tendência temporal, utilizou-se o teste de tendência de proporção; e para os fatores associados a regressão de Poisson para testes de hipóteses. Estatisticamente considerou-se significante o valor p<0,05.

Resultados:

A prevalência de anemia, em 2016, foi de 24,2%, expressando uma diminuição significativa na ocorrência da doença. Nas crianças de 6–23 m., houve redução da II e III para IV PESN de 63 e 55,6 para 37,7% (p<0,001), respectivamente. Em 2016, as variáveis com significância estatística para a anemia em crianças foram a hemoglobina materna, a idade da criança, a ocorrência atual ou recente de diarreia e o índice P/I.

Conclusão:

Entre 1997 e 2016, houve redução da anemia, demostrando uma tendência epidemiológica que pode contribuir para melhoria contínua da saúde das crianças abaixo de cinco anos em Pernambuco.

Palavras-chave:
Anemia; Criança; Estado nutricional; Inquéritos epidemiológicos

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