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O exercício do direito à saúde em pessoas idosas na Argentina e na Colômbia: uma abordagem baseada na análise da mortalidade por causas sensíveis aos cuidados de saúde no século XXI

Resumo

Tendo em vista que a Argentina e a Colômbia reconhecem a saúde enquanto um direito essencial e comprometem-se, entre outras questões, a fornecer benefícios à saúde para garantir seu exercício sem discriminação, propõe-se investigar, comparativamente, os desafios enfrentados para o cumprimento desse compromisso para pessoas com 60 anos ou mais. Para esse fim, as taxas de mortalidade por causas consideradas sensíveis aos cuidados de saúde de acordo com país, sexo e idade, com base em informações da Organização das Nações Unidas, são calculadas e analisadas para os períodos 2000-2002 e 2013-2015, sendo que proporções específicas são calculadas em pesquisas oficiais de cada país. Os resultados mostram, nos dois países e por todas as causas referidas, uma maior mortalidade em homens, aumentando com a idade de 74 anos e com tendência a declinar, principalmente na Colômbia. Uma análise mais detalhada por causas revela uma situação semelhante no último caso, ao contrário da Argentina, onde a mortalidade por doenças respiratórias aumenta. Independentemente dessas diferenças, as taxas obtidas no final do período investigado acusam, em ambos os países, a necessidade de redobrar esforços para continuar a redução da mortalidade (ou reverter seu aumento), com foco especial nos idosos que têm menos recursos e em seu valor enquanto cidadãos com direitos iguais ao resto da população.

Palavras-chave
Direitos humanos; Pessoas idosas; Acesso a serviços de saúde; Mortalidade por causas sensíveis aos cuidados de saúde; Argentina; Colômbia

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