O Brasil é o maior produtor de laranjas no mundo e utiliza mais de 70% das frutas que produz na fabricação de suco. A proporção de laranjas processadas vem crescendo cerca de 10% ao ano, confirmando a tendência da citricultura brasileira para a produção de suco. O objetivo deste trabalho foi apresentar uma visão geral sobre a cadeia de produção de suco de laranja brasileiro por meio da análise de rede social a partir de 2005 a 2009. Os dados de volume de suco congelado produzido e exportado, o preço internacional do suco de laranja e as transações intermediárias foram avaliados a fim de tornar possível a matriz de todos os intervenientes na cadeia. O estudo, utilizando a Análise de Redes Sociais (ARS) mostrou que as relações mais densas na rede são as de exportadores para importadores e produtores de laranja para a empresa de processamento. Não houve diferença nos valores da distância geodésica ou coeficientes de agrupamento da rede, de 2005 a 2009. O grau de centralidade aumentou de forma constante ao longo dos anos, indicando que a indústria de processamento tenta minimizar os riscos através da centralização das ações. A exportação de suco de laranja diminuiu de 2007 (2,07 10(6) t) para 2008 (2,05 10(6) t), provavelmente devido à crise financeira mundial, recuperando em 2009. Desde 2004, houve um aumento de quase 10% ao ano na preferência do mercado a partir do suco concentrado (OFCJ) para o "não concentrado" suco (NFC). Hoje, o mercado de NFC representa quase 50% de toda a exportação brasileira, o que impactou na distribuição logística e nas questões de transporte.
análise de redes; ARS; cadeia produtiva; produção de laranja
