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Atividade antibiótica de algumas plantas medicinais brasileiras

As atividades antibióticas de extratos etanólicos de 16 espécies de plantas usadas em medicina popular no Brasil foram determinadas contra Staphylococcus aureus, Micrococcus flavus, Bacillus cereus, B. subtilis, Salmonella enteretidis, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Proteus mirabilis, Serratia marcescens, Mycobacterium phlei, M. smegmatis e M. fortuitum, contra as leveduras Candida albicans e C. krusei. Entre os trinta e dois extratos testados, somente aqueles derivados de Lafoensia pacari e Pterodon polygalaeflorus mostraram atividade contra as cepas bacterianas e nenhum deles apresentou atividade contra as leveduras. O extrato etanólico das folhas de L. pacari mostrou valores de concentração inibitória mínima (CIM) na faixa entre 312,5 a 2500 mg/mL, 250 mg/mL, 625 mg/mL, e 1250 mg/mL, respectivamente, contra oito diferentes variedades de Staphylococcus aureus Gram-positivas, Proteus mirabilis Gram-negativas e os bacilos acido-resistentes Mycobacterium phlei, M. fortuitum e M. smegmatis. O extrato etanólico do caule de L. pacari apresentou valores de CIM de 625 mg/mL contra S. aureus. Análise química revelou que os extratos brutos continham taninos, esteróides, fenóis, flavonóides, triterpenos e saponinas: as atividades foram altas o suficiente para possibilitar o isolamento guiado pelo bioensaio e a identificação futura dos compostos ativos.

Lafoensia pacari; Pterodon polygalaeflorus; atividade antibiótica


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