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O pico de torque e a cinemática do joelho durante a marcha após treino isocinético excêntrico do quadríceps em sujeitos saudáveis

OBJETIVO: Avaliar os efeitos do treino isocinético excêntrico sobre a amplitude de movimento (ADM) do joelho em sujeitos saudáveis. MÉTODOS: Foram analisados os picos de torque isocinético dos extensores e flexores do joelho e a ADM de flexo/extensão e valgo/varo, durante a marcha, de 18 homens saudáveis (21,7±2,2 anos; 1,73±0,10m; 68,7±9,4kg; índice de massa corpórea: 22,6±2kg/m²) antes e após seis semanas de treino isocinético excêntrico bilateral dos extensores do joelho a 30º/s. RESULTADOS: O torque extensor do joelho aumentou em ambos os membros, direito (de 229±54 para 304±53Nm; p<0,01) e esquerdo (de 228±59 para 311±63Nm; p<0,01) sem diferença de ganho de torque entre eles. O pico de torque flexor aumentou (de 114±30 para 123±22Nm; p<0,05), mas a razão isquiotibiais/quadríceps (I/Q) diminuiu (de 0,5±0,08 para 0,39±0,07; p<0,01) após o treino. Não houve diferença para os movimentos de flexo/extensão e valgo/varo após o treino, exceto uma pequena mudança (4°) no valgo para o joelho esquerdo. CONCLUSÕES: O treino isocinético excêntrico dos extensores do joelho aumentou o torque extensor e diminuiu a razão I/Q, entretanto o efeito sobre o padrão da marcha parece desprezível em sujeitos saudáveis. Um treino associado dos flexores, complementar ao treino dos extensores parece ser necessário para o equilíbrio entre agonistas e antagonistas do joelho.

eletrogoniômetro; marcha; torque; joelho; treino excêntrico


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