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Perfil clínico, qualidade de vida e sintomas depressivos de mulheres com incontinência urinária atendidas em hospital-escola

OBJETIVOS: Descrever as características da incontinência urinária (IU) e avaliar seu impacto na qualidade de vida (QV) relacionada à saúde e aos sintomas depressivos de mulheres encaminhadas para atendimento fisioterapêutico em hospital universitário. MÉTODOS: Estudo descritivo transversal com coleta de dados demográficos e dos relacionados à IU. Todas as mulheres foram avaliadas por meio de exame físico e por escalas de depressão e QV. RESULTADOS: Foram avaliadas 48 mulheres (53,8±10,9 anos); 47,9% com incontinência urinária mista (IUM), 39,6% com incontinência urinária de esforço (IUE) e 12,5% com incontinência urinária de urgência (IUU). Em 50% dos casos, a perda urinária durou entre 3,3 e 10 anos. Não houve diferença na força da musculatura perineal nos diferentes tipos de IU (P>0,05). Sintomas depressivos foram detectados em 37% das mulheres. Observou-se alteração da QV nos três grupos de mulheres portadoras de IU. No King's Health Questionnaire (KHQ), portadoras de IUM apresentaram uma percepção de saúde mais comprometida, maiores limitações físicas, sociais, nas atividades diárias e nas relações pessoais (P<0,05). No WHOQOL-Bref, observou-se uma pior percepção da saúde no grupo com IUM (P<0,05). CONCLUSÃO: Foram detectados sintomas depressivos em mais de um terço das mulheres, cuja QV foi adversamente afetada, sendo o maior comprometimento observado nas mulheres com IUM.

incontinência urinária; saúde da mulher; qualidade de vida; depressão


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