CONTEXTUALIZAÇÃO: Pessoas com dor lombar com altos níveis de lócus de controle externo têm piores prognósticos e necessitam de melhores intervenções ativas, uma vez que elas são consideradas mais valiosas. Se os níveis de lócus de controle diferem entre os participantes com dor lombar e aqueles que esperam o tratamento, a relação do atendimento-paciente não está clara. OBJETIVO: Investigar se existem diferenças no lócus de controle entre os indivíduos com dor lombar crônica em tratamento (grupo tratamento) e aqueles que esperam tratamento (grupo controle). MÉTODOS: Cem participantes (50 por grupo) com sintomas lombares por pelo menos três meses, com um episódio atual de dor lombar e com idades entre 18 e 60 anos foram recrutados. O Questionário Multidimensional de Lócus de Controle da Saúde (MHLC) foi usado para coleta das crenças dos participantes. Realizou-se uma regressão linear múltipla ajustada para incapacidade e para comparação do lócus de controle entre os grupos. As diferenças foram descritas com médias e intervalos de confiança de 95%. RESULTADOS: O grupo tratamento teve escore mais alto para o lócus de controle externo e mais baixo para o lócus de controle interno quando comparado com o grupo controle. As diferenças médias (intervalo de confiança de 95%) foram 2,7 pontos em possível diferença de até 30 pontos (0,5 a 4,8) para lócus de controle externo e -2,8 pontos (-5,4 a -0,1) para lócus de controle interno. CONCLUSÃO: O lócus de controle da saúde encontrado para o grupo tratamento e o controle foi diferente. Os participantes em tratamento tinham um alto lócus de controle externo e um baixo lócus de controle interno quando comparados com os do grupo controle.
lócus de controle; lombalgia; crenças; fisioterapia
