Resumo
Objetivo:
Descrever de forma sucinta e prática o uso de defasagens (e/ou diferenças temporais) dos regressores como variáveis instrumentais, mostrando, por meio da discussão teórica ilustrada por um exercício original de simulação, como sua combinação com a adequada modelagem dos efeitos fixos da empresa e do tempo pode endereçar não apenas o problema da endogeneidade dinâmica mas também aqueles decorrentes da presença de variáveis omitidas, erros de mensuração e simultaneidade entre variáveis dependentes e independentes.
Metodologia:
Simulação de Monte Carlo.
Resultados:
Os tradicionais métodos de MQO, EA e EF podem ser inconsistentes na presença de problemas de endogeneidade bastante plausíveis no contexto de finanças corporativas. Por outro lado, os métodos de estimação para dados em painel baseados no GMM que se utilizam de suposições de exogeneidade sequencial dos regressores apresentam-se como alternativas capazes de contornar eficazmente todos os problemas elencados (desde que as premissas adotadas sejam válidas), mesmo que o pesquisador não disponha de bons instrumentos externos ao modelo.
Contribuições:
Discutir e ilustrar via simulações de Monte Carlo um número maior de problemas de endogeneidade, mostrando como eles são endereçados por diferentes estimadores para dados em painel, utilizando uma linguagem menos técnica e mais acessível para pesquisadores ainda não iniciados nos meandros da estimação de modelos dinâmicos para dados em painel.
Palavras-chave:
Finanças corporativas; econometria; dados em painel; GMM