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Influência da via de parto na morbidade e mortalidade de conceptos em apresentação cefálica com peso entre 1000 e 2500 gramas

Influence of delivery on morbidity and mortality in the newborns in the vertex presentation weighing 1000 and 2500 grams

RESUMO DE TESE

Influência da via de parto na morbidade e mortalidade de conceptos em apresentação cefálica com peso entre 1000 e 2500 gramas

Influence of delivery on morbidity and mortality in the newborns in the vertex presentation weighing 1000 and 2500 grams

Autor: Ronney Antonio Guimarães

Orientador: Prof. Dr. Eduardo de Souza

Co-orientador: Prof. Dr. Luiz Camano

Tese apresentada à Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina, para obtenção do título de Mestre em Obstetrícia, em 29 de março de 2003.

OBJETIVO: avaliar a influência da via de parto sobre a morbidade e mortalidade de recém-nascidos, em apresentação cefálica, com peso entre 1.000 e 2.500 gramas.

MÉTODOS: estudo retrospectivo, transversal, comparativo, que incluiu 743 prontuários, através dos seguintes critérios: trabalho de parto espontâneo; concepto em apresentação cefálica, com peso entre 1.000-2.500 gramas. Morbidade avaliada através do: índice de Apgar (menor que sete no 1° e / ou 5º minuto); diagnóstico de síndrome de desconforto respiratório e tempo de internação hospitalar (acima de quatro dias). Mortalidade neonatal: óbitos ocorridos após o parto até a alta hospitalar. Realizada análise estatística entre as vias de parto, em três grupos de peso (1.000-1500g; 1.500-2000g e 2.000-2500g), comparando os fatores associados à morbidade com a via de parto, em cada grupo de peso. Utilizado testes de qui-quadrado e exato de Fisher.

RESULTADOS: a morbidade neonatal ocorreu em 22,6% dos casos e foi significativamente maior (p = 0,000) na cesariana em relação ao parto vaginal(29,6% x 12,8% respectivamente) no grupo de 2000-2500g. Quando analisada através do índice de Apgar no 1º. e 5º. minutos, não mostrou diferença significativa. Em relação à síndrome de desconforto respiratório e tempo de internação, ocorreu com diferença significativamente maior (p=0,010 e p=0,000 respectivamente), neste mesmo grupo. A mortalidade intra-hospitalar teve baixa freqüência (4,7%) e não mostrou diferença significativa em relação à via de parto.

CONCLUSÃO: a orientação assistencial apurada é que a cesariana, per se, não contribuiu para o melhor desfecho neonatal nos conceptos de baixo peso, em apresentação cefálica.

Palavras-chave: Prematuridade; Restrição do crescimento intra-uterino; Parto normal; Cesariana; Mortalidade neonatal precoce

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    06 Jul 2005
  • Data do Fascículo
    Fev 2005
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