Acessibilidade / Reportar erro

Expressão Protéica de p53 e c-myc como Marcadores no Prognóstico do Carcinoma de Colo Uterino

Resumo de Tese

Expressão Protéica de p53 e c-myc como Marcadores no Prognóstico do Carcinoma de Colo Uterino

Autora: Sylvia Michelina Fernandes Brenna

Orientador: Prof. Dr. Luiz Carlos Zeferino

Co-Orientadora: Profa. Dra. Glauce Aparecida Pinto

Tese de Doutorado apresentada ao Curso de Pós-Graduação da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas para obtenção do Título de Doutor em Tocoginecologia em 30 de junho de 2000.

Alguns estudos analisaram a expressão protéica de p53 e c-myc como marcadores no prognóstico do carcinoma de colo uterino, mas foram realizados em países desenvolvidos, onde há programa de rastreamento eficientes que podem selecionar estádios iniciais e formas agressivas da doença. O objetivo deste estudo foi analisar a associação destas proteínas com o prognóstico do carcinoma espino-celular (CEC) de colo uterino. Foi de coorte, incluiu 220 mulheres diagnosticadas entre 1992-1994, nos estádios Ib-III, seguidas por 5 anos. Os blocos de parafina foram processados para imuno-histoquímica: p53 (Dako DO7) e c-myc (Santa Cruz Biotechnology MX9E10). A análise baseou-se no teste de Cochran-Armitage, método de Kaplan-Meier, testes de Wilcoxon ou log-rank e modelo de risco proporcionais de Cox. A idade das mulheres variou de 25-80 anos (média 53,4) e o CEC foi diagnosticado em 22%, 28% e 50%, nos estádios I, II e III respectivamente. A freqüência das proteínas foi 35% para p53 e 40% para c-myc. Houve tendência linear inversa entre a faixa etária e a proteína p53 (p = 0,03) e entre o tempo de atividade sexual e a proteína c-myc (p = 0,03). As mulheres no estádio II com proteína p53 positiva tiveram menor sobrevida livre de doença (p<0,01) e risco de recidiva 2,6 (IC 1,1-6,2) vezes maior. As mulheres com controle clínico da doença pós-tratamento com proteína c-myc positiva tiveram menor sobrevida livre de doença (p<0,01) e risco de recidiva 2,1 (IC 1,1-3,9) vezes maior. As proteínas p53 e c-myc associam-se ao mau prognóstico do CEC nos primeiros 12 meses de seguimento.

Palavras-chave: Colo: câncer. Oncogenes.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    11 Jul 2003
  • Data do Fascículo
    Set 2000
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia Av. Brigadeiro Luís Antônio, 3421, sala 903 - Jardim Paulista, 01401-001 São Paulo SP - Brasil, Tel. (55 11) 5573-4919 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: editorial.office@febrasgo.org.br