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Experiência de um serviço terciário no tratamento de mulheres com gravidez ectópica cervical

Resumo

Objetivo

A gravidez ectópica cervical é um desafio para a comunidade médica, pois pode ser fatal. O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico, mas não existem protocolos que estabeleçam a melhor opção para cada caso. O objetivo deste estudo foi descrever os casos de gravidez ectópica cervical internados em um hospital universitário terciário durante 18 anos.

Métodos

Estudo retrospectivo com revisão de prontuários de todas as gestações ectópicas cervicais internadas no Hospital da Mulher da Universidade Estadual de Campinas de 2000 a 2018.

Resultados

Foram identificados treze casos de gestação ectópica cervical em um total de 673 gestações ectópicas; apenas 1 caso foi inicialmente tratado com cirurgia por causa de instabilidade hemodinâmica. Dos 12 casos tratados conservadoramente, 7 foram tratados com metotrexato por via intramuscular em dose única, 1, com metotrexato pelas vias intravenosa e intramuscular, 1, com metotrexato por via intravenosa, 1, com 2 doses de metotrexato por via intramuscular, e 2, com metotrexato por via intra-amniótica. Desses casos, um apresentou falha terapêutica, e realizou-se uma histerectomia. Duas mulheres receberam transfusões de sangue. Quatro mulheres necessitaram de tamponamento cervical com cateter balão de Foley para hemostasia. Não houve casos fatais.

Conclusão

A gravidez cervical é uma condição rara e desafiadora desde o diagnóstico até o tratamento. O tratamento conservador foi o principal método terapêutico utilizado, com resultados satisfatórios. Nos casos de sangramento aumentado, a curetagem cervical foi o tratamento inicial, e foi associada ao uso de balão cervical para hemostasia.

Palavras-chave
gravidez cervical; gravidez ectópica; metotrexato; cirurgia; tratamento

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