Resumo
Objetivo
Verificar, em mulheres de 40 a 65 anos, a associação entre a intensidade dos sintomas climatéricos e a disfunção sexual.
Métodos
Estudo observacional, analítico, transversal, comamostra de 63 mulheres entre 40 e 65 anos atendidas em um ambulatório de ginecologia de um hospital público do Nordeste do Brasil. Foi aplicado um questionário com dados de identificação, informações clínicas, dados ginecológico-obstétricos, hábitos de vida e doenças crônicas. Os sintomas climatéricos e a função sexual foram avaliados utilizando o índice de Kupperman e Blatt e o índice de função sexual feminina (IFSF) respectivamente. Para avaliar a associação entre estes índices, foi utilizado o teste do qui-quadrado, e, para avaliar a diferença entre as médias do IFSF de acordo com o status menopausal, foi utilizado o teste t de Student. Um valor de p < 0,05 foi considerado significante.
Resultados
A média do índice de Kurpperman e Blatt da população estudada foi de 26,42 (desvio-padrão [DP]: 4,52). Houve presença de sintomas acentuados em 36,51% das mulheres estudadas. A média do IFSF entre as pacientes estudadas foi de 21,84 (DP: 4,11). Mais da metade das mulheres em estudo (58,73%) apresentou disfunção sexual (FSFI ≤ 26,5). Quando analisada a associação entre o índice de Kupperman e Blatt e o IFSF, foi observado que, quanto maior a intensidade dos sintomas climatéricos (Kupperman e Blatt), maior a frequência de disfunção sexual (IFSF). Apresentaram disfunção sexual 100% das pacientes com sintomas climatéricos acentuados, sendo que 70,59% com sintomas moderados, e apenas 9,09% com sintomas leves (p < 0,001).
Conclusões
No presente estudo, quando aplicados o índicesde Kupperman e Blatt e o IFSF, observou-se associação entre a gravidade dos sintomas climatéricos e a prevalência de disfunção sexual.
Palavras-chave:
climatério; disfunção sexual; hipoestrogenismo; menopausa; saúde da mulher