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Transmissão vertical do HIV-1 na área metropolitana de Belo Horizonte, Brasil: 2006-2014

Resumo

Objetivo

Rever as taxas de transmissão vertical (TV) do HIV-1 na área metropolitana de Belo Horizonte, Brasil, de janeiro de 2006 a dezembro de 2014.

Métodos

Estudo descritivo de uma coorte prospectiva de gestantes infectadas pelo HIV-1 e seus filhos, monitorados pelo Grupo de Pesquisa em HIV/Aids Materno-Infantil, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil.

Resultados

A taxa geral de TV foi de 1,9% (13/673; intervalo de confiança [IC] 95%: 1,0-3,3). O uso extensivo de terapia antirretroviral combinada (TARVc) (89,7%; 583/ 650) impactou fortemente a redução de TV durante este período. Carga viral materna superior a 1.000 cópias/mL mostrou associação significante com TV (OR: 6,6; IC 95%:1,3-33,3). A amamentação materna foi descrita em 10 casos nesta coorte (1,5%; IC 95%: 0,7-2,7), mas não foi associada à TV.

Conclusão

Os dados atuais da coorte foram coerentes com a baixa taxa de TV descrita em outras populações globais, e foi consideravelmentemenor em comparação com os resultados da mesma coorte no período de 1998-2005, quando a taxa de TV foi de 6,2%. Esses dados confirmam a eficiência das Diretrizes Nacionais, e enfatizam a importância de adotar os procedimentos internacionais recomendados para a prevenção da transmissão do HIV da mãe para o filho.

Palavras-Chave:
infecções por HIV; transmissão vertical de doença infecciosa; terapia antirretroviral de alta atividade; complicações infecciosas na gravidez

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