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Avaliação da sensibilidade e especificidade da ultrassonografia e ressonância magnética no diagnóstico da placenta acreta

Resumo

Objetivo

Avaliar e comparar a sensibilidade e especificidade da ultrassonografia e da ressonância magnética no diagnóstico do acretismo placentário em pacientes com placenta prévia.

Métodos

Estudo de coorte retrospectivo com 37 mulheres, sendo 16 com acretismo placentário, realizado de janeiro de 2013 a outubro de 2015. Considerou-se padrãoouro para o diagnóstico de acretismo placentário o exame anatomopatológico, sendo que, na sua ausência, a descrição do achado intraoperatório. As associações entre variáveis foram investigadas utilizando o teste qui-quadrado de Pearson e o teste U de Mann-Whitney.

Resultados

A idade média foi de 31,8 ± 7,3 anos, o número médio de gestações foi de 2,8 ± 1,1, o número médio da quantidade de partos foi de 1,4 ± 0,7, e o número médio de cesáreas prévias foi de 1,2 ± 0,8. O grupo do acretismo placentário apresentou antecedente de cesariana mais frequentemente do que o grupo sem acretismo (63,6% versus 36,4%, respectivamente; p < 0,001). A idade gestacional no parto em mulheres com diagnóstico de placenta prévia com acretismo foi de 35,4 ± 1,1 semanas. O peso ao nascer médio foi de 2.635,9 ± 374,1 g. A sensibilidade do ultrassom foi de 87,5%, comvalor preditivo positivo (VPP) de 65,1%, e valor preditivo negativo (VPN) de 75,0%. Para a ressonância magnética, a sensibilidade foi de 92,9%, com VPP de 76,5% e VPN de 75,0%. O índice kappa para concordância entre os dois testes foi de 0,69 (intervalo de confiança de 95% [IC95%]: 0,26-1,00).

Conclusão

O ultrassom e a ressonância magnética apresentaram sensibilidade e especificidade semelhantes no diagnóstico do acretismo placentário.

Palavras-chave:
placenta prévia; acretismo placentário; ultrassom; ressonância magnética

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