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Efeito da noretisterona sobre o índice de pulsatilidade das artérias uterinas de mulheres na pós-menopausa em estrogenioterapia

Resumo de Tese

Efeito da Noretisterona sobre o Índice de Pulsatilidade das Artérias Uterinas de Mulheres na Pós-menopausa em Estrogenioterapia

Autor: João Pedro Junqueira Caetano

Orientador: Prof. Dr. Andy Petroianu

Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito à obtenção do título de Doutor em Medicina, em 20 de dezembro de 2000.

Na atualidade existem evidências sobre a capacidade vasodilatadora dos estrogênios e dos efeitos benéficos sobre a diminuição dos riscos cardiovasculares em mulheres na pós-menopausa. Quando a paciente apresenta útero, existe a necessidade de se utilizar um progestagênio para contrabalançar os efeitos mitóticos dos estrogênios sobre o endométrio. Um estudo clínico do tipo duplo-desconhecido aleatório foi realizado, no período de fevereiro a julho de 1997 com 64 pacientes pós-menopausadas, tendo o objetivo de estudar os efeitos da adição da noretisterona sobre o Índice de Pulsatilidade das artérias uterinas de mulheres na pós-menopausa utilizando estrogênioterapia por via transdérmica (17b-estradiol). Após a realização do estudo, as pacientes foram divididas aleatoriamente em dois grupos de pacientes da seguinte forma: Grupo I - ensaio, com 28 pacientes que receberam 17b-estradiol e 17b-estradiol/noretisterona através da via transdérmica; e Grupo II ¾ controle - com 30 pacientes, que receberam placebo por via transdérmica. Não houve diferença entre os grupos no que diz respeito à idade, tempo de menopausa e idade da menopausa. A média do Índice de Pulsatilidade (IP) no Grupo I - ensaio antes do tratamento foi de 3,38 ± 0,82; durante a utilização somente de estradiol foi de 2,31 ± 0,66; e durante a fase estro-progestagênica foi de 2,34 ± 0,63. Comparando o Índice de Pulsatilidade antes e após a estrogenioterapia, a diferença foi de 1,04 ± 0,82, apresentando uma diferença significativa (p=0,0000) e representando uma queda de 30,5 % nos valores médios do IP antes do tratamento. Quando se associou a noretisterona ao esquema de reposição hormonal, o valor da média dos Índices de Pulsatilidade não apresentou diferença significativa (p=0,8075). No grupo controle não houve diferença estatística entre os três momentos do estudo (p=0,6740 e p=0,7520). Concluímos que a adição da noretisterona não modificou a diminuição do IP decorrente do 17b-estradiol por via transdérmica, em mulheres na pós-menopausa.

Palavras-chave: Terapia de reposição hormonal. Menopausa. Ultra-sonografia. Dopplervelocimetria. Climatério.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    27 Jun 2003
  • Data do Fascículo
    Jul 2001
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