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Características de uma população com incongruência de gênero assistida em ambulatório especializado em Ribeirão Preto

Resumo

Objetivo

Identificar o período da vida emque indivíduos indentificaram pela primeira vez sua incongruência de gênero (IG), e comparar os dados sociodemográficos de homens e mulheres transgêneros (trans) atendidos em um ambulatório.

Métodos

Estudo transversal realizado por meio de revisão dos prontuários de pessoas com IG em ambulatório especializado de Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil.

Resultados

Foram avaliados 193 prontuários de 2010 a 2018, e 109 (56.5%) pacientes apresentavamIG desde a infância. Homens trans perceberam a IG na infância com mais frequência do que as mulheres trans (razão de probabilidades [RP]: 2.06, intervalo de confiança de 95% [IC95%]: 1.11-3.81). O uso de hormônio sem supervisão foi maior entre as mulheres trans (69.6% versus 32.3%; RP: 4.78; IC95%: 2.53-9.03). Todos as pessoas que estavam inseridas na prostituição ou que apresentavam algum diagnóstico de infecção sexualmente transmissível, incluindo o HIV, eram mulherestrans.

Conclusão

Apesar da percepção mais prevalente da IG na infância entre homens trans, os agravos sociais foram mais prevalentes entre as mulheres trans, o que pode ser resultado da marginalização social.

Palavras-chave:
pessoas transgêneras; disforia de gênero; minorias sexuais e de gênero

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