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Comparação de desfechos maternos e fetais entre parturientes com e sem o diagnóstico de diabetes gestacional

Resumo

Objetivo

O presente estudo tem como objetivo comparar os desfechos maternos e fetais das parturientes com e sem diagnóstico de diabetes gestacional.

Métodos

Estudo caso-controle, incluindo parturientes com (casos) e sem (controle) diagnóstico de diabetes gestacional, que tiveram parto em um hospital de ensino no Sul do Brasil, entre maio e agosto de 2018. Foram utilizados dados primários e secundários. Análise bivariada e regressão logística multivariada condicional retrógrada foram utilizadas para fazer comparações entre casos e controles, expressas por razão de probabilidades (RP), com intervalo de confiança de 95% (IC95%) e nível de significância estatística de 5%.

Resultados

Os casos (n=47) tiveram maior chance de ter idade superior a 35 anos em comparação com os controles (n=93) (p<0,001), chance 2,56 vezes maior de estarem acima do peso (p=0,014), e chance 2,57 vezes maior de terem história familiar positiva de diabetes mellitus (p=0,01). Não houve diferença significativa relacionada ao ganho de peso, história pregressa de diabetes gestacional, estatura ou via de parto. O peso médio ao nascer foi significativamente maior nos lactentes de mães com diabetes gestacional (p=0,01). Houve 4,7 vezes maior chance de macrossomia (p<0,001), e 5,4 vezes maior chance de hipoglicemia neonatal (p=0,01) em lactentes de mães com diabetes gestacional.

Conclusão

Portanto, idade materna, história familiar de diabetes tipo 2, obesidade e excesso de peso pré-gestacional são importantes fatores associados a uma maior chance de desenvolvimento de diabetes gestacional.

Palavras-chave:
diabetes gestacional; hiperglicemia; gravidez de alto risco; macrossomia

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