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Detecção do linfonodo sentinela com 99mTc-fitato em pacientes com carcinoma invasor do colo uterino

RESUMO DE TESE

Detecção do linfonodo sentinela com 99mTc-fitato em pacientes com carcinoma invasor do colo uterino

Autor: Lucas Barbosa da Silva

Orientador: Prof.Dr. Paulo Traiman

Co-orientador: Dr. Agnaldo Lopes da Silva Filho

Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP, para obtenção do título de Doutor, em 9 de dezembro de 2004.

RESUMO

OBJETIVO: investigar a viabilidade da detecção do linfonodo sentinela (LNS) utilizando o mapeamento linfático radioisotópico com 99m-tecnéciofitato em pacientes submetidas a histerectomia radical e linfadenectomia pélvica para tratamento de câncer de colo uterino.

MÉTODO: entre julho de 2001 e fevereiro de 2003, 56 pacientes com câncer de colo uterino estádios (FIGO) I (n = 52) e II (n = 4) foram submetidas à detecção do linfonodo sentinela por meio da linfocintilografia pré-operatória (99mTc-fitato injetado no colo uterino às 3, 6, 9 e 12h, na dose de 55-74MBq e volume de 0,8 ml) e do mapeamento linfático intra-operatório com gamma probe. A histerectomia radical foi abortada em três casos devido à infiltração parametrial constatada durante a cirurgia, sendo realizada somente a ressecção dos linfonodos sentinelas. As demais 53 pacientes foram submetidas à histerectomia radical com linfadenectomia pélvica. Os linfonodos sentinelas foram identificados utilizando-se o gamma probe e foram enviados para avaliação histopatológica durante o procedimento cirúrgico.

RESULTADOS: das 56 pacientes selecionadas, o linfonodo sentinela foi detectado em 52 (92,8%), num total de 120 detectados pela linfocintilografia (média de 2,2 por paciente) e no peroperatório pelo gamma probe. Na cadeia ilíaca externa foram identificados 44% deles, 39% na fossa obturatória, 8,3% na bifurcação das ilíacas e 6,7% na cadeia ilíaca comum. Em 31 pacientes (59%), ele foi identificado unilateralmente e em 21 (41%) bilateralmente. Metástase linfonodal foi confirmada em 17 (32%) casos. Em 10 (59%), somente o linfonodo sentinela apresentava metástase. Os 98 gânglios que se apresentaram negativos à hematoxilina-eosina foram encaminhados para avaliação imuno-histoquímica para citoqueratina. Cinco (5,1%) micrometástases foram identificadas por essa técnica. A sensibilidade do linfonodo sentinela foi de 82,3% (intervalo de confiança – IC 95% = 56,6-96,2), o valor preditivo negativo de 92,1% (IC 95% = 78,6-98,3) e a sua acurácia em identificar a presença de metástase linfonodal na cadeia linfática pélvica foi de 94,2%.

CONCLUSÕES: a linfocintilografia pré-operatória e o mapeamento linfático intra-operatório com 99mTc-fitato teve alta taxa de sucesso na detecção do linfonodo sentinela em pacientes submetidas à histerectomia radical, identificando aquelas em que a dissecção linfonodal pode ser evitada.

Palavras-chave: Câncer do colo uterino; Linfonodo sentinela; Gamma probe, 99mTc-fitato; linfocintilografia

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    19 Jun 2006
  • Data do Fascículo
    Jan 2006
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