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Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Volume: 32, Número: 7, Publicado: 2010
  • Macroprolactinemia: as vantagens do rastreamento na prática clínica Editorial

    Sá, Marcos Felipe Silva de; Rodovalho-Callegar, Fernanda Vieira; Patta, Maristela Carbol; Lizarelli, Patrícia Margareth; Vieira, Carolina Sales; Maranhão, Técia Maria Oliveira
  • Prevalência dos HPV 16, 18, 45 e 31 em mulheres com lesão cervical Artigos Originais

    Pitta, Denise Rocha; Campos, Elisabete Aparecida; Sarian, Luis Otávio; Rovella, Marcello Silveira; Derchain, Sophie Françoise Mauricette

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: avaliar a prevalência dos HPV 16, 18, 31 e 45 em amostras de raspado cervical de mulheres com alterações celulares e/ou colposcopia sugestiva de lesão de alto grau ou lesão de baixo grau persistente submetidas à conização. MÉTODOS: Foram incluídas 120 mulheres. A análise histológica dos cones cervicais revelou 7 casos de cervicite, 22 de NIC1, 31 de NIC2, 54 de NIC3 e 6 carcinomas invasores. Foram analisadas as amostras de raspado cervical coletadas antes da conização para a presença do DNA-HPV por PCR com os primers de consenso, PGMY09/11. As amostras positivas para DNA de HPV foram testadas para presença do HPV16, 18, 31 e 45 utilizando-se primers tipo específico para esses HPV. RESULTADOS: O DNA-HPV foi detectado em 67,5% das mulheres. O HPV 16 (40%) foi o tipo mais prevalente na maioria das lesões, seguido dos HPV 31 (13,3%), 45 (13,3%) e 18 (4,1%). Infecções múltiplas ocorreram em 15% dos casos e as infecções por outros tipos de HPV foram detectadas em 14% da amostra. CONCLUSÕES: as infecções pelos HPV 16 e 18 nem sempre ocorrem de maneira solitária (infecção única), estando associadas a outros tipos de HPV em diversas ocasiões.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: to determine the prevalence of HPV 16, 18, 31 and 45 in cervical screening samples of women with cellular changes and/or colposcopy suggestive of persistent high grade or low grade lesion who were submitted to conization. METHODS: a total of 120 women were included in the study. Histological analysis of the cervical cones revealed 7 cases of cervicitis, 22 of CIN1, 31 of CIN2, 54 of CIN3, and 6 invasive carcinomas. The cervical screening samples were analyzed before conization for the presence of HPV-DNA by PCR using the consensus primers PGMY09/11. HPV-DNA-positive samples were tested for the presence of HPV16, 18, 31 and 45 using type-specific primers for these HPV. RESULTS: HPV-DNA was detected in 67.5% of the studied women. HPV 16 (40%) was the most prevalent type in most ilesions, followed by HPV 31 (13.3%), 45 (13.3%), and 18 (4.1%). Multiple infections occurred in 15% of the cases and infections with other HPV types were detected in 14% of the sample. CONCLUSIONS: HPV 16 and 18 infections do not always occur as a single infection, and may be associated with other HPV types on different occasions.
  • Sintomas depressivos e ansiosos em mulheres com hipotireoidismo Artigos Originais

    Andrade Junior, Nelson Elias; Pires, Maria Lúcia Elias; Thuler, Luiz Claudio Santos

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: avaliar a associação entre hipotireoidismo e a ocorrência de sintomas depressivos e ansiosos. MÉTODOS: foi realizado um estudo do tipo caso-controle, no período de julho de 2006 a março de 2008, no qual foram incluídas 100 mulheres (50 pacientes com hipotireoidismo primário e 50 controles eutireoidianas) com idade entre 18 e 65 anos. Foram avaliados idade, raça/cor da pele, estado civil, nível educacional, consumo de álcool, situação de trabalho, índice de massa corpórea e estado menopausal. Foram realizadas dosagens de TSH e utilizadas as escalas de ansiedade e de depressão de Beck em todos os casos e controles. O programa utilizado para a análise estatística foi o SPSS, versão 14. O nível de significância adotado foi p<0,05. RESULTADOS: não foram verificadas diferenças significativas entre pacientes com hipotireoidismo primário e controles no que se refere às variáveis demográficas e epidemiológicas. A presença concomitante de ansiedade e depressão foi cinco vezes maior entre os casos do que entre os controles (20 versus 4%; p=0,01). A ocorrência de sintomas ansiosos foi cerca de três vezes maior entre os casos (40%) em relação aos controles (14%) (p=0,003), enquanto a prevalência de sintomas depressivos mostrou-se 75% superior entre casos (28%) quando comparada aos controles (16%) (p=0,15). Neste estudo não foi observada associação entre os níveis de TSH e a prevalência de sintomas de ansiedade e depressão. CONCLUSÕES: este estudo caso-controle apontou uma maior probabilidade de pacientes com hipotireoidismo apresentarem sintomas ansiosos e depressivos em comparação a controles eutireoidianas. Devido às altas prevalências de hipotireoidismo e depressão observadas na prática clínica, a presença de sintomas depressivos deve ser investigada em pacientes com disfunção tireoidiana e pacientes deprimidos devem ser testados com dosagem do TSH.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: to study the association between hypothyroidism and depression and anxiety symptoms. METHODS: a case-control study was carried out from July 2006 to March 2008 on 100 patients (50 patients with primary hypothyroidism and 50 euthyroid controls) aged 18 to 65 years. Age, race/skin color, marital status, education level, alcohol use, working status, body mass index and menopausal status were evaluated. TSH levels were determined and the Beck Depression and Beck Anxiety Scales were applied to all cases and controls. Statistical analysis was performed using the SPSS software version 14.0. The level of significance was set at p<0.05. RESULTS: there was no demographic or epidemiologic difference between groups. The concomitant presence of anxiety and depression was five times greater among cases than among controls (20.0 versus 4.0%, p=0.01). Anxiety symptoms were approximately three times more frequent among cases (40.0%) than among controls (14.0%) (p=0.003), while the prevalence of depressive symptoms was 75% higher among cases (28.0%) than among controls (16.0%), but this did not reach statistical significance (p=0.15). We found no association between TSH levels and the prevalence of anxiety or depression symptoms. CONCLUSIONS: this case-control study showed a greater probability for hypothyroid patients to develop anxiety and depression symptoms when compared to euthyroid controls. Due to the high prevalence of hypothyroidism and depression observed in clinical practice, depressive symptoms must be considered in patients with thyroid dysfunction and depressed patients should be tested for TSH.
  • Pólipos endometriais: aspectos clínicos, epidemiológicos e pesquisa de polimorfismos Artigos Originais

    Miranda, Simone Madeira Nunes; Gomes, Mariano Tamura; Silva, Ismael Dale Cotrim Guerreiro da; Girão, Manoel João Batista Castello

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: avaliar as variáveis clínicas e epidemiológicas de risco para câncer de endométrio em mulheres com pólipos endometriais na pós-menopausa, bem como a presença do polimorfismo do receptor da progesterona (PROGINS). MÉTODOS: estudo caso-controle desenhado com 160 mulheres na pós-menopausa com pólipos endometriais, comparado a Grupo Controle de 400 mulheres na pós-menopausa. A genotipagem do polimorfismo PROGINS foi determinada pala reação em cadeia da polimerase (PCR). Aspectos clínicos e epidemiológicos foram comparados entre as mulheres com pólipos endometriais benignos e 118 dos controles normais. Estas variáveis foram também comparadas entre mulheres com pólipos benignos e pólipos malignos. RESULTADOS: a comparação entre o grupo de pólipos benignos e o Grupo Controle mostrou diferença significativa (p<0,05) para as varáveis: idade, raça não-branca, anos da menopausa, paridade, hipertensão arterial, uso de tamoxifeno e antecedente de câncer de mama, todas mais prevalentes no grupo de pólipos endometriais. Após o ajuste para a idade, permaneceram com diferença significativa a paridade (OR=1,1), hipertensão arterial (OR=2,2) e o antecedente de câncer de mama (OR=14,4). Houve seis casos de pólipos malignos (3,7%). A frequência de sangramento para pólipos benignos e malignos foi de 23,4 e 100%, respectivamente, sendo o pólipo grande encontrado em 54,5% dos casos benignos e em 100% dos malignos. A frequência de hipertensão arterial foi de 54,5% para pólipos benignos e 83,3% para pólipos malignos. As frequências do polimorfismo PROGINS T1/T1, T1/T2 e T2/T2 foram 79,9%, 19,5% e 0,6% respectivamente para pólipos benignos e 78,8%, 20,8% e 0,5% para o Grupo Controle. CONCLUSÕES: os pólipos endometriais se mostraram mais frequentes em mulheres de idade avançada, hipertensas e com antecedente de câncer de mama. A presença do polimorfismo PROGINS não mostrou associação significativa com pólipos endometriais. A incidência de pólipos malignos foi baixa, estando fortemente associada à presença de sangramento, tamanho grande do pólipo e hipertensão arterial.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: to evaluate the clinical and epidemiological risk factors for endometrial cancer in postmenopausal women with endometrial polyps, as well as the genetic polymorphism of the progesterone receptor (PROGINS). METHODS: a case-control study was designed with 160 postmenopausal women with endometrial polyps, compared to a normal Control Group of 400 postmenopausal women. The genotyping of PROGINS polymorphism was determined by the polymerase chain reaction. Clinical and epidemiological data were compared between benign endometrial polyps and 118 of the control subjects. Variables were also compared with regard to benign and malignant endometrial polyps. RESULTS: comparison of the epidemiological variables between groups showed a significant difference for age, ethnicity, time since menopause, parity, tamoxifen use, hypertension and breast cancer, all of them more prevalent in the polyp group. After adjustment for age, statistical significance remained only for parity (OR=1.1), hypertension (OR=2.2) and breast cancer (OR=14.4). There were six cases of malignant polyps (3.7%). The frequency of bleeding was 23.4% for benign polyps and 100% for malignant polyps, with large polyps being detected in 54.6% of the benign cases and in 100 of the malignnat ones. The frequency of arterial hypertension was 54.5% for benign polyps and 83.3% for the malignant ones. The frequency of PROGINS T1/T1, T1/T2 and T2/T2 polymorphism was 79.9%, 19.5% and 0.6%, respectively, for the polyp group, and 78.8%, 20.8% and 0.5% for the Control Group. CONCLUSIONS: elderly age, hypertension, and breast cancer were significantly associated with endometrial polyps. The presence of PROGINS polymorphism was not significantly associated with endometrial polyps. The incidence of malignant polyps was low and strongly associated with bleeding, large-sized polyp and arterial hypertension.
  • Avaliação antropométrica e metabólica de parentes de primeiro grau do sexo masculino de mulheres com síndrome do ovário policístico Artigos Originais

    Reis, Karina Schiavoni Scandelai Cardoso dos; Moreira, Rodrigo Oliveira; Coutinho, Walmir Ferreira; Vaisman, Fernanda; Gaya, Carolina

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: avaliar as características clínicas e laboratoriais de parentes de primeiro grau do sexo masculino de pacientes com diagnóstico confirmado de síndrome de ovários policísticos (SOP) e comparar os achados com um grupo controle sem história familiar de SOP. MÉTODOS: foram selecionados aleatoriamente 28 homens com idade entre 18 e 65 anos que possuíam parentesco de primeiro grau com mulheres diagnosticadas com SOP e 28 controles pareados por idade, cintura e índice de massa corporal (IMC). RESULTADOS: homens com parentesco de 1º grau com mulheres com SOP comparados ao Grupo Controle apresentaram níveis mais elevados de triglicerídeos (189,6±103,1 versus 99,4±37,1; p<0,0001), HOMA-IR (Homeostase Model Assesment) (3,5±9,1 versus 1,0±1,0; p=0,0077) e glicemia (130,1±81,7 versus 89,5±7,8; p=0,005), além de menores níveis da globulina ligadora de hormônios sexuais (SHBG) (23,8±13,8 versus 31,1±9,1; p=0,003). Os níveis de SHBG se correlacionaram independentemente com os níveis de triglicérides. Os parentes de 1º grau também apresentavam mais sinais clínicos de hiperandrogenismo. CONCLUSÕES: parentes de primeiro grau do sexo masculino das pacientes com SOP apresentam maior grau de dislipidemia e de resistência à insulina, além de níveis mais baixos de SHBG com mais sinais clínicos de hiperandrogenismo. Esses achados sugerem que a resistência à insulina pode ter origem hereditária em indivíduos com história familiar de SOP, independentemente de parâmetros antropométricos.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: to evaluate clinical and laboratory characteristics of first-degree male relatives of patients with a confirmed diagnosis of polycystic ovary syndrome (PCOS) and to compare the findings with a control group with no family history of PCOS. METHODS: we randomly selected 28 male individuals aged 18 to 65 years who were first-degree relatives of women diagnosed with PCOS and 28 controls matched for age, waist and body mass index (BMI). RESULTS: men with 1st degree kinship with women with PCOS had higher levels of triglycerides (189.6±103.1 versus 99.4±37.1, p<0.0001), Homeostasis Model Assessment (HOMA-IR) (3.5±9.1 versus 1.0±1.0, p=0.0077) and glucose (130.1±81.7 versus 89.5±7.8, p=0.005), and lower levels of sex hormone binding globulin (SHBG) (23.8±13.8 versus 31.1±9.1, p=0.003). SHBG levels correlated independently with triglyceride levels. These individuals also had more clinical signs of hyperandrogenism. CONCLUSIONS: male individuals who are first-degree relatives of patients with PCOS have a higher degree of dyslipidemia and insulin resistance, lower levels of SHBG, and more evident clinical signs of hyperandrogenism. These findings suggest that insulin resistance may be of hereditary origin in individuals with a family history of PCOS regardless of anthropometric parameters.
  • Cádmio no leite materno: concentração e relação com o estilo de vida da puérpera Artigos Originais

    Gonçalves, Renata Moreira; Gonçalves, José Rubens; Fornés, Nélida Schmid

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: relacionar a concentração de cádmio do colostro materno com o estilo de vida das puérperas. MÉTODOS: estudo transversal, realizado em Goiânia, Goiás (região Centro-Oeste do Brasil). Participaram da pesquisa 80 mulheres, de acordo com critérios de inclusão, entrevistadas sobre características socioeconômicas e estilo de vida. Elas responderam a um questionário de frequência de consumo alimentar (QFCA). As amostras de colostro coletadas foram analisadas por espectrometria de absorção atômica por chama para quantificar os níveis de cádmio. Na análise estatística, além de medidas de tendência central, foram realizados os testes de Mann-Whitney e de Kruskal-Wallis, correlação e regressão. RESULTADOS: a média da concentração de cádmio foi de 2,3 μg/L, e a mediana de 0,9 μg/L. Variáveis como idade e paridade resultaram em correlação positiva não significativa com os níveis de cádmio no colostro. O hábito de fumar não se relacionou significativamente com o cádmio. CONCLUSÕES: a alimentação da puérpera influencia o nível de cádmio do colostro, especialmente o originado de alimentos vegetais, como cereais.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: to relate the cadmium concentration of colostrum with the lifestyle of women in the puerperium period. METHODS: a cross-sectional study was conducted in Goiânia, Goiás (Mid-western Region of Brazil). Eighty women, according to inclusion criteria, were interviewed about their socioeconomic characteristics and lifestyle. They answered a questionnaire about food frequency consumption (FFQ). The colostrum samples collected were analyzed by flame atomic absorption spectrometry to quantify cadmium levels. For statistical analysis, central tendency measures were obtained, and the Mann-Whitney and Kruskal-Wallis tests were performed, as well as correlation and regression tests. RESULTS: the average cadmium concentration was 2.3 µg/L and the median was 0.9 µg/L. Variables such as age and parity showed a nonsignificant positive correlation with cadmium. Smoking habit was not significantly associated with cadmium. CONCLUSIONS: postpartum food intake influences the level of cadmium in colostrum, especially vegetables such as cereals.
  • Sonda de Foley cervical versus misoprostol vaginal para o preparo cervical e indução do parto: um ensaio clínico randomizado Artigos Originais

    Oliveira, Maria Virginia de Oliveira e; Oberst, Priscilla Von; Leite, Guilherme Karam Corrêa; Aguemi, Adalberto; Kenj, Grecy; Leme, Vera Denise de Toledo; Sass, Nelson

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: comparar a efetividade da sonda e Foley com o uso de misoprostol vaginal para o preparo cervical e indução do parto. MÉTODOS: ensaio clínico randomizado, não cego, realizado entre Janeiro de 2006 a Janeiro de 2008. Foram incluídas 160 gestantes com indicação de indução do parto, divididas em dois grupos: 80 para uso da sonda de Foley e 80 para misoprostol vaginal. Os critérios de inclusão foram: idade gestacional a partir de 37 semanas, feto único, vivo, cefálico e índice de Bishop igual ou menor que 4. Foram excluídas pacientes com cicatriz uterina, ruptura das membranas, peso fetal estimado maior que 4000 g, placenta prévia, corioamnionite e condições que impunham o término imediato da gestação. Os testes estatísticos utilizados foram Mann-Whitney, χ2 de Pearson ou exato de Fischer, sendo considerado significativo se menor que 0,005. RESULTADOS: o misoprostol desencadeou mais vezes o parto de forma espontânea (50,0 versus 15,0% para Foley p<0,001) e menor uso de ocitocina (41,2 versus 76,2%), sendo que esse grupo apresentou mais taquissistolia (21,2 versus 5,0%). A sonda de Foley causou mais desconforto à paciente (28,7 versus 1,2%). Não houve diferenças em relação ao tempo necessário para evolução do índice de Bishop (20,69 versus 21,36 horas), para o desencadeamento do parto (36,42 versus 29,57 horas) e nas taxas de cesáreas (51,2 versus 42,5%). Não houve diferenças significativas no desempenho perinatal, com frequências semelhantes de cardiotocografia anormal (20,0 versus 21,2%), presença de mecônio (13,7 versus 17,5%) e necessidade de UTI neonatal (3,7 versus 6,2%). CONCLUSÕES: o uso da sonda de Foley apresentou efetividade semelhante ao misoprostol para o preparo cervical, porém foi menos efetivo para o desencadeamento espontâneo do parto. Nossos resultados apoiam a recomendação de seu uso para o preparo cervical, sobretudo em pacientes portadoras de uma cicatriz de cesárea.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: to compare the effectiveness of the Foley balloon with vaginal misoprostol for cervical ripening and labor induction. METHODS: randomized clinical trial, not blind, conducted from January 2006 to January 2008. A total of 160 pregnant women with indication for induction of labor were included and divided into two groups, 80 for Foley and 80 for vaginal misoprostol. Inclusion criteria were: gestational age of 37 weeks or more, a live single fetus with cephalic presentation and a Bishop score of four or less. We excluded patients with a uterine scar, ruptured membranes, estimated fetal weight greater than 4000 g, placenta previa, chorioamnionitis and conditions that imposed the immediate termination of pregnancy. Statistical tests employed were Mann-Whitney, χ2 test or Fisher's exact test, and p value was significant if less than 0.005. RESULTS: misoprostol triggered more frequently spontaneous delivery (50.0 versus 15.0% for Foley, p<0.001) and required less use of oxytocin (41.2 versus 76.2%), and this group presented more tachysystole (21.2 versus 5.0%). The Foley catheter caused more discomfort to the patient (28.7 versus 1.2%). There were no differences in the time required for development of the Bishop score (20.69 versus 21.36 hours), for triggering delivery (36.42 versus 29.57 hours) or in rates of cesarean delivery (51.2 versus 42.5%). There were no significant differences in perinatal performance, with similar rates of abnormal cardiotocography (20.0 versus 21.2%), presence of meconium (13.7 versus 17.5%) and need for neonatal intensive care unit (3.7 versus 6.2%). CONCLUSIONS: the use of the Foley catheter was as effective as misoprostol for cervical ripening, but less effective in triggering spontaneous labor. Our results support the recommendation of its use for cervical ripening, especially in patients with cesarean scar.
  • Fatores preditores para o óbito neonatal em gestações com diástole zero ou reversa na doplervelocimetria da artéria umbilical Artigos Originais

    Martins Neto, Manoel; Carvalho, Francisco Herlânio Costa; Mota, Rosa Maria Salani; Alencar Júnior, Carlos Augusto

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: avaliar os fatores de risco antenatais e pós-natais para o óbito neonatal em gestações com diástole zero (DZ) ou reversa (DR) na doplervelocimetria da artéria umbilical. MÉTODOS: estudo transversal, retrospectivo, inferencial, a partir de 48 prontuários de gestações únicas com DZ ou DR, idade gestacional entre 24 e 34 semanas, em uma maternidade no Nordeste do Brasil. A média de idade foi de 27,3 anos (DP: 7,9). Vinte (41,7%) eram primigestas. Síndromes hipertensivas foram observadas em 44 (91,7%) casos. Trinta e cinco (72,9%) apresentavam DZ e 13 (27,1%) DR. Procedeu-se inicialmente à análise univariada (teste t de Student e teste Exato de Fisher), relacionando os parâmetros com o desfecho avaliado (óbito neonatal). As variáveis que apresentaram associação significativa foram incluídas no modelo de regressão logística (Estatística de Wald). O nível de significância utilizado foi de 5%. RESULTADOS: a mortalidade perinatal foi de 64,6% (31/48). Ocorreram cinco óbitos fetais e 26 neonatais. A média de idade gestacional no momento do diagnóstico foi de 27,9 (DP: 2,8) semanas. A resolução da gestação antes de 24 horas após o diagnóstico ocorreu em 52,1% dos casos. Parto abdominal foi realizado em 85,4% dos casos. Os recém-nascidos pesaram em média 975,9 g (DP: 457,5). Vinte e quatro (57,1%) apresentaram Apgar menor que 7 no primeiro minuto e 21,4%, no quinto. A idade gestacional no momento do diagnóstico, o peso ao nascer e o Apgar de primeiro minuto revelaram-se variáveis significativamente relacionadas com o óbito neonatal (valores de p foram, respectivamente, 0,008; 0,004 e 0,020). As razões de chance foi de 6,6; 25,3 e 13,8 para o óbito neonatal, quando o diagnóstico foi estabelecido até a 28ª semana, peso <1000 g e Apgar < 7, respectivamente. CONCLUSÕES: idade gestacional no momento do diagnóstico, peso ao nascer e Apgar de primeiro minuto foram fatores capazes de predizer o óbito neonatal em gestações com DZ ou DR na doplervelocimetria da artéria umbilical.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: to evaluate the antenatal and postnatal risk factors of neonatal death in pregnancies with absent (DZ) or reverse (DR) end-diastolic flow in the umbilical artery. METHODS: a cross-sectional retrospective study based on data from 48 medical records of singleton pregnancies with DZ or DR, and gestational age of 24 to 34 weeks, at a maternity in the Brazilian Northeast. Mean age was 27.3 (SD: 7.9) years. Twenty (41.7%) patients were primiparas. Hypertensive disorders were found in 44 (91.7%) cases. Thirty-five women (72.9%) had DZ and 13 (27.1%) had DR. Univariate analysis was firstly done (Student's t-test and Fisher's exact test) correlating the parameters with the assessed outcome (neonatal death). Variables that showed significant association were included in the logistic regression model (Wald statistics). The level of significance was set at 5%. RESULTS: The perinatal mortality rate was 64.6% (31/48). There were five stillbirths and 26 neonatal deaths. The mean gestational age at diagnosis was 27.9 (SD: 2.8) weeks. Deliveries before 24 hours after diagnosis occurred in 52.1% of the cases. Cesarean section was performed in 85.4% of the sample. The newborns weighed 975.9 g on average (SD: 457.5). Twenty-four (57.1%) presented Apgar scores below 7 in the first minute and 21.4% in the fifth minute. Gestational age at diagnosis, birth weight and Apgar of the first minute proved to be variables significantly related to neonatal death (p values were: 0.008, 0.004, and 0.020, respectively). The Odds Ratio was 6.6, 25.3 and 13.8 for neonatal death, when the diagnosis was established at the 28th week, weight was <1000 g and first minute Apgar score was <7, respectively. CONCLUSIONS: gestational age at diagnosis, birth weight and Apgar score at the first minute were factors that could predict neonatal death in pregnancies with DV or DR determined by umbilical artery Doppler velocimetry.
  • Aspectos obstétricos, sócio-demográficos e psicossociais de puérperas adolescentes assistidas pelo sistema de saúde do município de Muriaé: Zona da Mata Mineira, Brasil Resumos De Tese

    Abreu, Carlos Wilson Dala Paula
  • A epidemiologia das fraturas por fragilidade óssea em uma população de mulheres brasileiras na pós-menopausa residentes na cidade de Chapecó/SC Resumos De Tese

    Oliveira, Patrícia Pereira de
  • 5-Fluorouracil tópico para tratamento do condiloma genital em pacientes não imunocomprometidos Resumos De Tese

    Batista, Claudio Sergio
  • Métodos de barreira na prevenção de aderências peritoniais em videolaparoscopia: estudo em coelhas Resumos De Tese

    Balbinotto, Rosi Pereira
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia Av. Brigadeiro Luís Antônio, 3421, sala 903 - Jardim Paulista, 01401-001 São Paulo SP - Brasil, Tel. (55 11) 5573-4919 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
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