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Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Volume: 33, Número: 4, Publicado: 2011
  • Cirurgia fetal no Brasil Editorial

    Peralta, Cleisson Fábio Andrioli; Barini, Ricardo
  • Comparação entre os índices doplervelocimétricos na predição de recém-nascidos pequenos para idade gestacional em gestantes com síndromes hipertensivas Artigos Originais

    Souza, Alex Sandro Rolland; Vasconcelos Neto, Mário José; Cunha, Adriana Scavuzzi Carneiro da; Monteiro, Eveline de Fátima Catão; Amorim, Melania Maria Ramos de

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: determinar o melhor parâmetro doplervelocimétrico para predição de recém-nascidos pequenos para a idade gestacional (RNPIG), em gestantes com síndromes hipertensivas. MÉTODOS: realizou-se um estudo transversal, envolvendo 129 mulheres com pressão sanguínea elevada, as quais foram submetidas à doplervelocimetria, até quinze 15 dias antes do parto. Mulheres com gravidez múltipla, malformações fetais, sangramento genital, descolamento prematuro de placenta, rotura prematura das membranas, tabagismo, uso ilícito de drogas e doenças crônicas foram excluídas. A curva ROC para cada parâmetro doplervelocimétrico foi construída para predição de RNPIG. Foram calculadas: a sensibilidade (S), especificidade (E), razão de verossimilhança positiva (RVP) e negativa (RVN). RESULTADOS: a área sob a curva ROC do índice de resistência da artéria cerebral média foi de 52% (p=0,79), com S, E, RVP e RVN de 25,0, 89,1, 2,3 e 0,84%, respectivamente, para um índice de resistência menor que 0,70. Enquanto a área sob a curva ROC para o índice de resistência da artéria umbilical foi 74% (p=0,0001), com S=50,0%, E=90,0%, RVP=5,0, RVN=0,56, para um índice de resistência maior ou igual a 0,70. A área sob a curva ROC para a relação do índice de resistência da artéria umbilical/artéria cerebral média foi 75% (p=0,0001), para uma relação maior que 0,86, a S, E, RVP e RVN foram de 70,8, 80,0, 3,4 e 0,36%, respectivamente. Quanto à relação do índice de resistência da artéria cerebral média/artéria uterina, a área sob a curva ROC foi 71% (p=0,0001), encontrando-se S=52,2%, E=85,9%, RVP=3,7 e RPN=0,56, quando a relação foi menor que 1,05. Quando foram comparadas as áreas dos parâmetros doplervelocimétricos entre si, observou-se que apenas as relações artéria umbilical/artéria cerebral média e artéria cerebral média/uterinas e o índice de resistência da artéria umbilical parecem ser úteis na predição do RNPIG. CONCLUSÃO: em pacientes com pressão sanguínea elevada durante a gravidez, com exceção do índice de resistência da artéria cerebral média, os outros parâmetros doplervelocimétricos podem ser utilizados na predição do RNPIG. A relação artéria umbilical/cerebral média parece ser a mais recomendada.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: to determine the best Doppler flow velocimetry index to predict small infants for gestational age (SGAI), in pregnant women with hypertensive syndromes. METHODS: a cross-sectional study was conducted enrolling 129 women with high blood pressure, submitted to dopplervelocimetry up to 15 days before delivery. Women with multiple fetuses, fetal malformations, genital bleeding, placental abruption, premature rupture of fetal membranes, smoking, use of illicit drugs, and chronic diseases were excluded. A receiver operating characteristic (ROC) curve for each Doppler variable was constructed to diagnose SGAI and the sensitivity (Se), specificity (Sp), positive (PLR) and negative (NLR) likelihood ratio were calculated. RESULTS: the area under the ROC curve for the middle cerebral artery resistance index was 52% (p=0.79) with Se, Sp, PLR, and NLR of 25.0, 89.1, 2.3 and 0.84% for a resistance index lower than 0.70, respectively. While the area under the ROC curve for the resistance index of the umbilical artery was 74% (p=0.0001), with Se=50.0%, Sp=90.0%, PLR=5.0 and NLR=0.56, for a resistance index higher or equal to 0.70. The area under the ROC curve for the resistance index umbilical artery/middle cerebral artery ratio was 75% (p=0.0001). When it was higher than 0.86, the Se, Sp, PLR and NLR were 70.8, 80.0, 3.4 and 0.36%, respectively. For the resistance index of the middle cerebral artery/uterine artery ratio, the area under the ROC curve was 71% (p=0.0001). We found a Se=52.2%, Sp=85.9%, PLR=3.7 and NLR=0.56, when the ratio was lower than 1.05. When we compared the area under the ROC curve of the four dopplervelocimetry indexes, we observed that only the resistance index umbilical artery/middle cerebral artery, resistance index middle cerebral artery/uterine artery and resistance index umbilical artery ratios seem to be useful for the prediction of SGA. CONCLUSION: in patients with high blood pressure during pregnancy, all dopplervelocimetry parameters, except the middle cerebral artery resistance index, can be used to predict SGAI. The umbilical artery/middle cerebral artery ratio seems to be the most recommended one.
  • Validade das tabelas de peso fetal clássicas para a população Portuguesa Artigos Originais

    Santos, Ricardo Filipe Sousa; Miguelote, Rui Filipe Oliveira; Coelho, Diana Maria da Silva; Andrade, Ana Maria Alves Vieira; Santos, Cristina Maria Nogueira da Costa; Bernardes, João Francisco Montenegro de Andrade Lima; Cruz-Correia, Ricardo João

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: avaliar a validade de várias tabelas de peso fetal, habitualmente usadas em Portugal, para classificar a sua população. MÉTODOS: estudo observacional retrospectivo. Foram analisados os registos de nascimentos no período de dois anos (Maio de 2008 a Abril de 2010), decorrentes de gestações unifetais com datação precisa por ecografia entre as 8ª e 14ª semanas de gestação, na mesma instituição. Após validação dos registos, foram analisados os percentis de peso gerados para cada semana de gestação completa, suavizados por uma função polinomial de dois graus, comparando-os com as tabelas mais usadas na instituição e no país, através do uso de Z-scores, valores de percentis, sensibilidade para detecção do percentil 10 (P10) da amostra e comparação de médias de peso. RESULTADOS: um total de 5.378 recém-nascidos (RN) foi registado no período; 2.195 (42%) RN corresponderam aos critérios de inclusão, com idade gestacional (IG) entre as 24ª e 42ª semanas, permitindo uma análise estatística entre as 34ª e as 41ª semanas. Foram detectadas diferenças no peso médio por IG entre tabelas e em relação à amostra, bem como diferenças entre os sexos. O P10 de outros trabalhos mostrou diferenças entre -288g na 37ªs (-11% nos dados de Lubchenco et al.) e +133g na 34ªs (+7,6% nos dados de Carrascosa et al.) em relação ao obtido na amostra. A sensibilidade para detecção de um RN abaixo do P10 na amostra variou, às 39ªs, entre 14,1e 100%, dependendo da tabela usada. DISCUSSÃO: as limitações deste tipo de valores de referência devem ser tidas em consideração, tentando minimizá-las, nomeadamente pela criação de valores locais/regionais ou nacionais, com a contemplação de outras variáveis, sobretudo o sexo do RN, em gravidezes rigorosamente datadas e pela validação in loco dos valores utilizados.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: to assess the validity of several fetal weight charts, commonly used in Portugal, to classify its population. METHODS: observational retrospective study. Singleton birth data was analyzed, from a two- year period (May 2008 to April 2010), from pregnancies with an ultrasound in the same institution, between the 8th and 14th gestational week. Upon data validation, percentiles for each completed gestational week were created, smoothed by a quadratic function, analyzed and compared to the tables more commonly utilized, in the institution and country, by using Z-scores, percentile comparison, sample 10th percentile detection sensibility and birthweight means comparison. RESULTS: a total of 5,378 newborns (NB) were born in the period; 2,195 (42%) NB were included, born from the 24th to 42nd gestational week, allowing statistical analysis from the 34th to the 41st week. There were differences in the mean birthweight for each gestational age, between references and with the sample, as well as between sexes. The 10th percentile from some references has shown differences ranging from -288g at 37 weeks (-11% in Lubchenco et al. data), with and +133g at 34 weeks (+7,6% with Carrascosa et al. data) compared to the values found with the sample. Differences were also found concerning the sensitivity of the identification of a sample birthweight below the 10th percentile, which was between 14.1 and 100%, depending on the reference used. DISCUSSION: the limitation of these kinds of reference values must be remembered and minimized, with the adoption of regionally or nationally produced references, contemplating other variables, such as sex, with precisely known gestation duration and with validation of the utilized references in loco.
  • Rastreio da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana no momento do parto Artigos Originais

    Zimmermmann, Juliana Barroso; Neves, Hugo Silva; Souza, Paula Beck de; Pena, Dulciana Maria Ferreira; Pereira, Monique Policiano; Nunes, Tatiana dos Reis; Oliveira, Patrícia Landim

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: avaliar a frequência de testes anti-HIV realizados no pré-natal e de testes rápidos solicitados para estantes internadas para o parto. MÉTODO: trata-se de um estudo de corte transversal com 711 gestantes atendidas no momento do parto no período de janeiro a julho de 2010. Excluíram-se do estudo aquelas admitidas para controle clínico e as que não permitiram que seus dados fossem incluídos na pesquisa. Utilizou-se o teste do χ² ou o teste de Fisher para comparação de proporções na análise univariada. Foram incluídas no modelo de regressão logística todas as variáveis com valor p<0,25, chamado de modelo inicial. Utilizou-se o pacote estatístico SPSS e adotou-se o nível de significância estatística de 5%. RESULTADOS: a idade média das pacientes foi de 25,77±6,7 anos, sendo a idade máxima e mínima de 44 e 12 anos, respectivamente. A média da idade gestacional no momento do atendimento foi de 38,41±6,7 semanas. Destas pacientes, 96,3% (n=685) tinham acompanhamento pré-natal, sendo que 11,1% (n=79) fizeram pré-natal na Maternidade Therezinha de Jesus, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Juiz de Fora, Minas Gerais. A média de consultas no pré-natal foi de 6,85±2,88, mas 28,1% tiveram menos de 6 consultas. Identificaram-se 10 gestantes soropositivas para o HIV (1,4%), sendo 2 pacientes sabidamente soropositivas. As demais (n=8) foram rastreadas no momento do parto e, por isso, não receberam a profilaxia ARV no pré-natal. Três pacientes foram admitidas em período expulsivo e também não receberam a profilaxia intraparto. Entretanto, todos os recém-nascidos foram avaliados e foi realizada a supressão da lactação e iniciada a formulação láctea. CONCLUSÕES: apesar das medidas estabelecidas pelo Ministério da Saúde, ainda existem falhas na abordagem destas pacientes. Somente com o envolvimento dos gestores e a capacitação dos profissionais envolvidos no atendimento será possível o correto direcionamento de ações que possibilitem a prevenção efetiva da transmissão vertical do HIV.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: to evaluate the frequency of HIV tests performed during prenatal care and rapid tests ordered for pregnant women admitted at the time of delivery. METHOD: this was a cross-sectional study with 711 pregnant women at delivery during the period from January to July 2010. Women admitted for clinical control and those that did not allow their clinical data to be included in the study were excluded. The χ² test or the Fisher's Exact test was used for comparison of the proportion in univariate analysis. All the variables with p<0.25 were included in the logistic regression model, called initial model. The analyses were carried out using the SPSS software, with the level of significance set at 5%. RESULTS: the mean age of the patients was 25.77±6.7 years and the maximum and minimum age was 44 and 12 years, respectively. The average gestational age at the time of attendance was 38.41±6.7 weeks. Of these patients, 96.3% (n=685) had prenatal care and 11.1% (n=79) received prenatal care at our facility. The average number of prenatal care visits was 6.85±2.88, but 28.1% had less than six visits. We identified 10 HIV-positive pregnant women (1.4%) and two patients were known to be HIV positive. The others (n=8) were screened at birth and therefore did not receive ARV prophylaxis during the prenatal period. Three patients were admitted during the expulsion period and also did not receive intrapartum antibiotic prophylaxis. However, all newborns were evaluated, with lactation being suppressed and artificial milk being used. CONCLUSIONS: despite the measures established by the Ministry of Health, there are still flaws in the approach to these patients. Only with the participation of managers and professionals involved in care it will be possible to correct the direct actions that enable the effective prevention of vertical transmission of HIV.
  • Estado nutricional de nutrizes adolescentes em diferentes semanas pós-parto Artigos Originais

    Azeredo, Vilma Blondet de; Pereira, Kallyne Bolognini; Silveira, Camila Barros da; dos Santos, André Manoel Correia; Pedruzzi, Liliana Magnago

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: avaliar as modificações do estado nutricional de nutrizes adolescentes em diferentes momentos no pós-parto. MÉTODO: estudo do tipo analítico observacional longitudinal, com acompanhamento de 50 nutrizes adolescentes da 5ª a 15ª semana pós-parto (SPP). O estado nutricional foi avaliado na 5ª, 10ª e 15ª SPP, com uso do Índice de Massa Corporal (IMC/idade). Foi utilizado o método colorimétrico para avaliação da hemoglobina e microcentrifugação para o hematócrito. Usou-se ANOVA com medidas de repetição e Tukey como pós-teste, para comparação das médias. Trabalhou-se com nível de significância de 5%. RESULTADOS: observou-se modificação no estado nutricional do período pré-gestacional para a 15ª SPP, com diminuição na frequência de voluntárias com baixo peso (de 21% para 9%) e aumento nos casos de sobrepeso (de 21% para 27%) e eutrofia (58% para 64%). Apesar de, em média, as concentrações de hemoglobina (12,3±1,7g/dL) e hematócrito (39,0±4,0%) apresentarem-se adequados, observou-se grande frequência de anemia (30%) durante todo o período estudado. CONCLUSÃO: os resultados mostram incremento no peso corporal em função do tempo de lactação, aumentando o problema da obesidade na adolescência. Também foi apontado que a anemia é um problema nutricional, não apenas durante a gestação, mas também na lactação em adolescentes. Portanto, deve-se prevenir e tratar possíveis deficiências nutricionais subclínicas existentes neste momento biológico.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: to evaluate changes in the nutritional status of lactating adolescents in different postpartum weeks. METHOD: this is an analytical, observational, longitudinal study. Lactating adolescents were followed-up from the 5th to the 15th postpartum week (PPW). The nutritional status was evaluated in the 5th, 10th and 15th PPW by the Body Mass Index (BMI/age). A colorimetric method was used to determine hemoglobin level and microcentrifugation to define hematocrit. ANOVA with repeated measures was used to compare means, followed by the Tukey post-test. The level of significance was 5%. RESULTS: modification in nutritional status was observed from the pregestational period to the 15th PPW, with a reduction in the frequency of lactating adolescents with low weight (from 21% to 9%) and a rise in the frequency of overweight (21% to 27%) and eutrophic (58% to 64%) adolescents. Although mean hemoglobin (12.3±1.7 g/dL) and hematocrit (39.0±4.0%) levels were normal, a high frequency of anemia (30%) was observed throughout the study period. CONCLUSION: the present results show that the body weight of lactating adolescents rises during the lactation period and could lead to a higher frequency of obesity among adolescents. Anemia is still a nutritional problem, not only during pregnancy, but also during the postpartum period. It is necessary to prevent and treat probable subclinical nutritional deficiencies at this biological time.
  • Tradução e validação para a língua portuguesa de um questionário para avaliação da gravidade da incontinência urinária Artigos Originais

    Pereira, Vanessa Santos; Santos, Julie Yelen Constantino e; Correia, Grasiéla Nascimento; Driusso, Patricia

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: traduzir para a língua portuguesa, adaptar culturalmente e validar o questionário Incontinence Severity Index (ISI). MÉTODOS: dois tradutores brasileiros realizaram a tradução do ISI para a língua portuguesa e uma versão foi gerada por consenso entre eles. Esta versão foi retraduzida para o inglês por outros dois tradutores que tinham esta língua como língua-mãe. As diferenças entre as versões foram harmonizadas e pré-testadas em um estudo piloto. Após uma semana da realização do questionário ISI, este foi reaplicado para a realização do reteste. A versão final do ISI foi aplicada juntamente com o pad test de uma hora em mulheres com incontinência urinária de esforço (IUE). Para validação do ISI, foram testadas a confiabilidade (consistência interna e teste-reteste) e a validade de constructo. RESULTADOS: a confiabilidade do instrumento foi avaliada por meio do coeficiente α de Cronbach, tendo como resultado geral 0,93, demonstrando excelente confiabilidade e consistência do instrumento. O coeficiente de correlação intraclasse e o erro padrão da medida foram de 0,96 e 0,43, respectivamente. Por meio da correlação de Pearson foi verificada uma correlação forte e positiva (r=0,72, p<0,0001) entre os resultados do questionário ISI e o pad test de uma hora. CONCLUSÃO: a versão em português do ISI, traduzida e adaptada culturalmente para o português do Brasil, apresentou confiabilidade e validade de constructo satisfatórias e foi considerada válida para avaliação da gravidade da IUE.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: to translate into Portuguese, culturally adapt and validate the Incontinence Severity Index (ISI) questionnaire. METHODS: two Brazilian translators carried out the translation of the ISI into Portuguese and a version was generated by consensus. This version was back-translated by two other native English speaking translators. The differences between versions were resolved and the version was pre-tested in a pilot study. One week later, the ISI was reapplied to complete the retest. The final version of the ISI was applied together with the one-hour pad test to women with stress urinary incontinence. For the validation of the ISI, the reliability (internal consistency and test-retest) and the construct were evaluated. RESULTS: the reliability of the instrument was tested using the Cronbach α coefficient, with a general result of 0.93, demonstrating excellent reliability and consistency of the instrument. The intraclass correlation coefficient and the standard errors of measurement were 0.96 and 0.43, respectively. The Pearson correlation revealed a strong positive correlation (r=0.72, p<0.0001) between the results of the ISI questionnaire and the one-hour pad test. CONCLUSION: the culturally adapted version of the ISI translated into Brazilian Portuguese presented satisfactory reliability and survey validity and was considered to be valid for the evaluation of the severity of urinary incontinence.
  • Sintomas urinários e função muscular do assoalho pélvico após o parto Artigos Originais

    Ferederice, Claudia Pignatti; Amaral, Eliana; Ferreira, Néville de Oliveira

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: avaliar a prevalência de sintomas urinários e a associação da função muscular do assoalho pélvico com sintomas urinários de primíparas com 60 dias pós-parto vaginal com episiotomia e cesariana depois do trabalho de parto. MÉTODOS: análise tipo corte transversal da função muscular do assoalho pélvico 60 dias pós-parto de mulheres atendidas ambulatorialmente. Foi avaliada a função muscular (tônus basal, contração voluntária máxima e contração sustentada média) por eletromiografia de superfície e por graduação de força (graus 0-5). Em entrevista, foram identificados os sintomas urinários e excluídas as mulheres com dificuldade de compreensão, déficit motor/neurológico de membros inferiores, cirurgia pélvica prévia, diabetes, contraindicação para palpação vaginal e praticantes de exercícios para musculatura do assoalho pélvico. Foram utilizados os testes do χ2 e Exato de Fisher para comparar proporções e o teste Mann-Whitney para comparar médias. RESULTADOS: foram avaliadas 46 puérperas, com média de 63,7 dias pós-parto. Os sintomas mais prevalentes foram noctúria (19,6%), urgência (13%) e aumento de frequência urinária diurna (8,7%). Puérperas obesas e com sobrepeso tiveram 4,6 vezes mais queixa destes sintomas (RP=4,6 [IC95% 1,2-18,6; valor p=0.0194]). A perda urinária aos esforços foi a mais prevalente das incontinências (6,5%). Os valores médios encontrados para tônus de base, contração voluntária máxima e contração sustentada média foram 3µV, 14,6µV e 10,3µV e a maioria (56,5%) apresentou grau 3 de força muscular. Não se observou associação entre sintomas urinários e função muscular do assoalho pélvico. CONCLUSÃO: a prevalência de sintomas urinários foi baixa aos 60 dias pós-parto e não houve associação entre função muscular do assoalho pélvico e sintomas urinários.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: to evaluate the prevalence of urinary symptoms and association between pelvic floor muscle function and urinary symptoms in primiparous women 60 days after vaginal delivery with episiotomy and cesarean section after labor. METHODS: a cross-sectional analysis was conducted on women from an out patient clinic in São Paulo state, Brazil, 60 days after delivery. Pelvic floor muscle function was assessed by surface electromyography (basal tone, maximal voluntary contraction and mean sustained contraction) and by a manual muscle test (grades 0-5). In an interview, the urinary symptoms were identified and women with difficulty to understand, with motor/neurological impairment, pelvic surgery, diabetes, restriction for vaginal palpation and practicing exercises forpelvic floor muscles were excluded. The χ2 and Fisher Exact test were used to compare proportions and the Mann-Whitney test was used to analyze mean differences. RESULTS: 46 primiparous were assessed on average 63.7 days postpartum. The most prevalent symptoms were nocturia (19.6%), urgency (13%) and increased daytime urinary frequency (8.7%). Obese and overweight women had 4.6 times more of these symptoms (PR=4.6 [95%CI; 1.2-18.6; p value=0.0194]). Stress urinary incontinence was the most prevalent incontinence (6.5%). The mean values found for the basic tone, maximal voluntary contraction and sustained contraction were: 3 µV, 14.6 µV and 10.3 µV. Most of the women (56.5%) had grade 3 muscular strength. There was no association between urinary symptoms and pelvic floor muscle function. CONCLUSION: the prevalence of urinary symptoms was low 60 days postpartum and there was no association between pelvic floor muscle function and urinary symptoms.
  • Doença inflamatória intestinal - Doença de Crohn e gravidez: relato de caso Relato De Caso

    Braga, Antônio; Antunes, Samantha; Marcolino, Luciano; Moraes, Valéria; Duarte, Luciana de Barros; Accetta, André; Leal, Rosilene Alves Teixeira

    Resumo em Português:

    A Doença de Crohn, uma forma de doença inflamatória intestinal, é frequente em mulheres em idade reprodutiva. Seu acompanhamento requer maior atenção durante a gravidez. Apresentamos caso de doença de Crohn refratária em paciente grávida que evoluiu com ileocolectomia no puerpério. Foi revista a literatura sobre doença de Crohn na gravidez, incluindo aconselhamento das pacientes e investigação de doença ativa, além de sintetizados os dados existentes sobre a segurança dos medicamentos usados para tratá-la durante a gravidez e amamentação.

    Resumo em Inglês:

    The Crohn's disease, a form of inflammatory bowel disease, is frequent in women of childbearing age. Its management requires greater attention during pregnancy. We report a case of refractory Crohn's disease in a pregnant patient that evolued to ileocolectomy at puerperium. The literature regarding pregnant patients with Crohn's disease was reviewed, including counseling of patients and investigation of active disease, and the existing data was summarized on the safety of medications used to treat Crohn's disease in pregnancy and breastfeeding.
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