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Quando o dragão assume o lugar do cavalo: um caráter pós-colonialista na obra criolla de Xul Solar

A figura de são Jorge na luta contra o dragão, que tanto aparece nas pinturas de Kandinsky, funcionava como um xamã guerreiro e curador dos males da sociedade moderna. Xul Solar, representante da vanguarda criolla argentina, na crença de que a América, com seus sistemas de mitos e crenças, revelava um espaço espiritual, no qual se desenvolveria a nova humanidade, toma o dragão para subverter os fluxos da colonização. Na aquarela Drago, de 1927, tida como a melhor representação de sua utopia de unidade latino-americana, um dragão engalanado pelas bandeiras da América Latina desliza por sobre o mar em direção à Europa, saudado pelas bandeiras das Metrópoles. O homem montado no dragão segura um bastão encimado por um triângulo (que para Kandinsky era o símbolo da vida espiritual), para levar ao Velho Mundo a mensagem do Mundo Novo.

mito da serpente; deus e códices; pós-colonialismo


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