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“Os torpes Gallicismos, que hoje a feyão muitas traducções”: a influência da língua francesa nas traduções ibéricas da virada do século XVIII para o XIX

RESUMO

A partir das décadas finais do século XVIII percebe-se, nos discursos das elites letradas ibéricas, um esforço sistemático para diminuir ou evitar a influência da língua francesa sobre os textos escritos em português e espanhol, originais ou traduções do francês, particularmente o que é definido como “galicismo”. Face ao enorme volume editorial de livros escritos, impressos ou traduzidos para o francês na segunda metade do século, censores, tradutores, editores e comentaristas ibéricos apontam a constante presença de palavras e construções “afrancesadas” na palavra impressa lusitana e castelhana. Este estudo tenta ver esta questão à luz do uso de galicismos como parte dos neologismos necessários para compreender os avanços da ciência e das artes na península ibérica do período.

Palavras-chave:
Galicismo; neologismo; História cultural; história da ciência; história do Império Português; Século XVIII

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