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O calendário e o golpe de 1964: temporalidade, escrita da história e hagiografia

O artigo analisa como os regimes autoritários da América Latina no final do século XX foram tomados como motivo para um desvio em face da tradição cristã dos calendários que orientavam o fiel a lembrar, em cada dia, a vida de um santo. Seguirei, como fio condutor, um caso específico: a vida e a morte de frei Tito de Alencar Lima, dominicano preso e torturado entre os anos de 1969 e 1970. A partir desse recorte, farei uma avaliação a respeito das possibilidades de mapeamento dos sentidos do tempo que estão em jogo nesse "novo" martirológio, procurando entender em que sentido a hagiografia vai tentando se legitimar como "escrita da história". Pretendo, então, fazer uma abordagem historiográfica, entendendo a historiografia como um campo de discussões a respeito das maneiras pelas quais o passado é dado a ler pelo presente.

temporalidade; escrita da história; hagiografia


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