Trata-se de um estudo sobre o mutualismo na cidade do Rio de Janeiro, visto como uma das estratégias escolhidas pelos trabalhadores para escapar às condições de pobreza em que viviam ou, pelo menos, amenizá-las. O artigo busca oferecer um quadro geral do fenômeno na então capital brasileira, levando em conta sua dimensão, duração, trajetória e principais características. Ao mesmo tempo, procura realçar quais setores eram excluídos do movimento, entendendo que sua identidade era definida com base no estabelecimento de algumas fronteiras delimitadoras entre setores sociais distintos. Busca-se estabelecer um diálogo com os trabalhos produzidos sobre o mutualismo, no Brasil e, sobretudo, no exterior. Foram utilizados, como fontes primárias, dois levantamentos inéditos produzidos sobre o fenômeno no Rio de Janeiro, além de informações anteriormente referenciadas por outros autores, às quais tivemos acesso.
sociedades de auxílio mútuo; trabalhadores; pobreza