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Bactérias resistentes nos receptores do transplante de células precursoras hemopoéticas

As infecções bacterianas são muito freqüentes em receptores de transplante de células tronco hematopoéticas. Enquanto que a mortalidade precoce associada a estas infecções reduziu dramaticamente com a introdução do conceito da terapia antibiótica empírica no paciente neuropênico febril, nenhum impacto na mortalidade foi observado nos estudos de profilaxia antibacteriana. Por outro lado, o uso de antibacterianos na profilaxia tem resultado na emergência de infecções por bactérias resistentes, razão pela qual a profilaxia tem sido abandonada. Além disso, a escolha do esquema antibiótico empírico e as práticas de terapia antibiótica durante a neutropenia podem resultar em mudanças nos padrões de infecções bacterianas. O uso de quinolonas e vancomicina na profilaxia, e de carbapenems e vancomicina na terapia empírica está associado com o aparecimento de bactérias Gram-positivas e Gram-negativas resistentes. Assim, os hematologistas devem estar cientes do impacto negativo destas práticas na emergência de infecções por bactérias multi-resistentes, uma vez que estas infecções estão associadas a uma alta mortalidade.

Infecção bacteriana; antibiótico; resistência; transplante de medula óssea


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