Acessibilidade / Reportar erro

Experiência brasileira utilizando terapia sequencial de alta dose seguido de transplante autólogo de célula-tronco hematopoética para linfomas malignos

A proposta deste trabalho foi avaliar a eficácia da HDS seguida do transplante autólogo como terapia de salvamento através da sobrevida global, livre de doença e livre de progressão bem como sua toxicidade. Realizou-se estudo retrospectivo com 106 pacientes com LNH de alto grau de malignidade entre 1998 e 2006. A mediana de idade foi 45 anos (8-65); 62% homens; DLBCL, 78%; 12%, T e anaplásico e 9%, linfoma da zona do manto; 87%, células B; 83% estádios III-IV; 63% com sintomas B; 32% com infiltração da medula óssea ao diagnóstico; 62% com grande massa e 42% com IPI de alto risco ou intermediário. Após alta dose de ciclofosfamida (HDCY), nove pacientes faleceram. Oitenta pacientes realizaram o transplante, sendo que 47% estavam em RC e 15% faleceram devido à toxicidade. A sobrevida global foi de 45% em oito anos para estes pacientes. Trinta e cinco pacientes não realizaram o transplante por causas diversas. Sobrevida global para todos os pacientes foi de 42%, DLBCL, 40%; T-cell, 40% e zona do manto, 20% (P=NS). Pacientes que obtiveram RC após HDCY tiveram melhor sobrevida global e livre de progressão (38% e 17%, respectivamente) do que os que permaneceram em PD (P<0.0001). O modelo de Cox resultou que o número de linhas terapêuticas antes da HDCY (RR 1.41 IC 95%: 1.04-1.90, P=0.02) e PD antes da HDCY (RR 2.70, IC 95%: 1.49-4.91, P<0.001) e após HDCY (RR 5.38, IC 95%: 2.93-9.87, P<0.0001). Nosso estudo sugere que HDS é um método eficiente de tratamento para melhorar o status e reduzir a massa tumoral. Em relação à toxicidade, é factível, especialmente em pacientes de prognóstico ruim

Linfomas malignos; terapia sequencial de alta dose; transplante autólogo; experiência brasileira


Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e Terapia Celular R. Dr. Diogo de Faria, 775 cj 114, 04037-002 São Paulo/SP/Brasil, Tel. (55 11) 2369-7767/2338-6764 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: secretaria@rbhh.org