RESUMO
Os falantes interagem através dos recursos linguísticos ao seu dispor para produzir significados ao nível da compreensão do mundo que os rodeia e dos restantes falantes (EGGINS, [1994] 2004EGGINS, S. An Introduction to Systemic Functional Linguistic. London: Pinter, [1994] 2004., p. 11). O falante conhece, então, um código para cada situação comunicativa e adequa as suas seleções estilísticas ao contexto em que as produz. Neste enquadramento, este artigo exploratório investiga a linguagem tabu do ponto de vista das variáveis do contexto situacional, como propostas por Halliday (1978HALLIDAY, M. A. K. Language as Social Semiotic: The Social Interpretation of Language and Meaning. London: Edward Arnold , 1978., [1985] 2014HALLIDAY, M. A. K. Introduction to Functional Grammar. 4. ed. Revised by Christian M. I. M. Matthiessen. London; New York: Routledge, [1985] 2014. DOI: https://doi.org/10.4324/9780203431269
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). Segue, por um lado, uma abordagem teórica onde propõe o cruzamento das variáveis do registro com os conceitos de uso marcado e não marcado (HYMES, 1974HYMES, D. Foundations in Sociolinguistics. An Ethnographic Approach. New Jersey: University of Pennsylvania Press, 1974.); e, por outro, aplica esta proposta num corpus escolhido para o efeito. Os resultados, de ordem quantitativa, demonstram o predomínio do uso não marcado da linguagem tabu no corpus.
PALAVRAS-CHAVE:
linguagem tabu; linguística sistémico-funcional; uso marcado e não marcado