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CONSUMO DE OXIGÊNIO E MÉTODOS DE TREINO RESISTIDO: O USO DA RESTRIÇÃO DE FLUXO SANGUÍNEO

RESUMO

Introdução:

Na literatura, é identificada uma lacuna em relação aos efeitos agudos do treino com restrição de fluxo sanguíneo sobre as variáveis aeróbicas.

Objetivo:

analisar o consumo de oxigênio (VO2) durante e após duas sessões de treino de força: tradicional de alta intensidade e baixa intensidade com restrição do fluxo sanguíneo.

Métodos:

Após os testes de repetição máxima, oito participantes do sexo masculino (25,7 ± 3 anos) completaram os dois protocolos experimentais, separados por 72 horas, em ordem aleatória: a) treino de alta intensidade, com 80% de 1RM (AI) e b) treino de baixa intensidade a 20% de 1RM combinado com restrição de fluxo sanguíneo (BI + RFS). Três séries de quatro exercícios (supino, agachamento, remada inclinada e levantamento terra) foram realizadas. O consumo de oxigênio e o consumo de oxigênio em excesso pós-exercício foram medidos.

Resultados:

foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre o treino tradicional de alta intensidade e de baixa intensidade com restrição de fluxo sanguíneo, com valores mais altos para sessões de treinamento tradicionais, exceto nos últimos cinco minutos para a medida de consumo de oxigênio pós-exercício. O VO2 medido durante o treino foi maior (p = 0.001) para a sessão de AI (20.32 ± 1.46 mL·kg-1·min-1) comparada ao treino de BI + RFS (15.65 ± 1.14 mL·kg-1·min-1).

Conclusão:

O consumo de oxigênio durante e após as sessões de exercício foram maiores para a metodologia de treinamento de alta intensidade. Contudo, quando se considera o volume dos treinos, estas diferenças foram atenuadas. Nível de Evidência III - Estudos de pacientes não consecutivos; sem padrão de referência “ouro” aplicado uniformemente.

Descritores:
Isquemia; Treinamento de resistência; Força muscular; Frequência cardíaca

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