Acessibilidade / Reportar erro

FADIGA MENTAL NÃO ALTERA A RECUPERAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA, MAS AFETA O DESEMPENHO DE JOGADORES DE HANDEBOL

RESUMO

Introdução:

Este estudo envolveu uma análise do impacto da fadiga mental sobre a recuperação da frequência cardíaca (RFC), medidas subjetivas de fadiga e desempenho de corrida intermitente em jogadores de handebol.

Objetivo:

Este estudo visou (1) examinar os efeitos de um estado induzido de fadiga mental no desempenho aeróbico de jogadores de handebol, medido pelo teste Yo-Yo IR1 e (2) explorar possíveis alterações na regulação da frequência cardíaca através da análise da RFC.

Métodos:

Doze jogadores de handebol (idade: 17,50 ± 3,63 anos, 5 ± 2,2 anos de prática) realizaram um teste Yo-Yo IR1 em duas ocasiões, com pelo menos 72 horas de intervalo. O teste Yo-Yo IR1 foi precedido por tratamento de 30 minutos que consistiu no teste Stroop Color-Word para induzir estado de fadiga mental. Os participantes na condição de controle assistiram a um vídeo emocionalmente neutro.

Resultados:

Foram observadas taxas mais elevadas de fadiga mental e esforço mental após o teste Stroop para o grupo experimental. Não foram observadas diferenças na motivação entre as condições. Além disso, a indução de fadiga mental prejudicou o desempenho de corrida e levou a maior PSE durante o teste Yo-Yo IR1. Não obstante, não foram observadas alterações na RFC nem nas concentrações de lactato sanguíneo entre as condições.

Conclusão:

Em conjunto, esses resultados sugerem que a fadiga mental afeta o desempenho de corrida intermitente, sem alterar os valores de RFC. Nível de Evidência III; Estudo de caso-controle.

Descritores:
Fadiga mental; Desempenho atlético; Tolerância ao exercício; Fadiga; Teste de esforço

Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte Av. Brigadeiro Luís Antônio, 278, 6º and., 01318-901 São Paulo SP, Tel.: +55 11 3106-7544, Fax: +55 11 3106-8611 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: atharbme@uol.com.br