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Caracterização de Longo Prazo (35 Anos) das Estações Secas e Chuvosas no Semiárido do Nordeste do Brasil

Resumo

As incertezas no momento e na qualidade da estação chuvosa representam uma ameaça para a seguridade hídrica e alimentar, e também enquanto à vulnerabilidade ao fogo. Logo, entender os atributos associados às chuvas facilita a caracterização climática, necessária para o manejo do risco climático e do fogo. Utilizou-se séries pluviométricas (1983-2018) de 15 estações meteorológicas para caracterizar a maior área de conservação da floresta seca tropical sazonal pertencente unicamente ao Brasil, a Caatinga (Nordeste do Brasil). Foram utilizadas anomalias acumuladas em séries diárias para determinar o início e o final das estações chuvosas. Também foi determinada a chuva sazonal e anual (qualidade) e a taxa de chuva, e foi executada uma subclassificação da estação seca. Os resultados mostraram maior variabilidade para as datas de final em comparação com as de início da estação chuvosa. As secas na região estão ficando mais severas. Foi encontrada uma tendência decrescente significativa de 7 mm/ano da chuva anual e de 0,3 mm/dia por década na taxa de chuva, e um incremento de 12 dias por década dos dias secos consecutivos. A duração da estação seca apresentou uma periodicidade de 14 dias e está relacionada com o comprimento da estação chuvosa anterior mas não com a posterior. A complexidade dos padrões da chuva é evidenciada pela fraca correlação encontrada entre a quantidade de chuva e a duração da estação chuvosa.

Palavras-chave
variabilidade climática; Caatinga; seca; vulnerabilidade ao fogo; Parque Nacional da Serra da Capivara; Parque Nacional da Serra das Confusões

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