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Suspensão ao músculo frontal: realmente precisamos da agulha de Wright?

RESUMO

Objetivos:

O objetivo deste estudo é descrever uma variação da técnica cirúrgica da suspensão ao músculo frontal com fio de silicone e seus resultados, utilizando uma agulha alternativa à agulha de Wright, com a mesma eficácia e melhor razão custo-benefício.

Métodos:

Foram analisados prospectivamente todos os casos de blefaroptose severa submetidos à correção cirúrgica, utilizando a técnica de suspensão ao músculo frontal modificada, no período de janeiro de 2012 à janeiro de 2014. Foram realizadas 23 cirurgias em 15 pacientes. O "follow-up" mínimo foi de 12 meses.

Resultados:

A grande maioria dos pacientes apresentavam blefaroptose congênita (86%), a média da distância margem reflexo pré-operatória foi de -1,1mm (-3 a 0 mm), no pós-operatório de 1 semana foi de 2,7 mm (1,8 a 3,8 mm), após 1 mês foi de 1,8 mm e após 1 ano, de 1,7mm (1 a 2,5 mm). O índice de satisfação foi de 80% (12 pacientes). Dos 3 pacientes insatisfeitos, 1 teve extrusão e infecção com posterior explante do fio, 1 apresentou assimetria maior que 2mm e 1 evoluiu com lagoftalmo persistente e ceratite puntacta, com posterior explante do silicone.

Conclusão:

O uso do fio de silicone com fixação tarsal usando uma agulha alternativa, se mostrou eficaz no tratamento da blefaroptose severa, com poucas complicações, baixo índice de insatisfação e boa estabilidade dos resultados no período de seguimento.

Descritores:
Blefaroptose/cirurgia; Suspensão ao frontal/cirurgia; Pálpebra/cirurgia; Ptose/congênita; Resultado do tratamento

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